São Paulo, quinta-feira, 16 de outubro de 2008

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ROSALIA GOMES DE CASTRO (1922-2008)

Numa das andanças, a volta aos 15 anos

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Aos 15, Rosalia Gomes de Castro se apaixonou por um rapaz dez anos mais velho. "Foi o seu primeiro amor", lembra a filha, Adriany.
Certo dia, o rapaz voltou de viagem trazendo uma noiva. Rosalia tocou a vida.
Nascida em Soledade de Minas (MG), que hoje possui 5.518 habitantes, ela viveu em várias cidades após se tornar professora primária.
O primeiro amor foi em Cruzeiro (SP); o primeiro marido conheceu em São Luís do Paraitinga (SP) -ele era diretor da escola em que ela dava aula; em Campinas (SP), teve a primeira e única filha, no ano de 1953, depois de mais uma transferência.
Em 1956, quando completava cinco anos de casamento, o marido morreu, vítima de uma tuberculose.
Rosalia tocou a vida, agora na companhia de uma filha, que queria ver formada -era seu sonho. Numa das visitas que fez a Cruzeiro, onde ainda tinha família, reencontrou o antigo amor, e soube que ele também estava viúvo.
Aproximaram-se, e o segundo casamento de Rosalia durou até 1993, quando os problemas cardíacos do marido ferroviário a fizeram viúva pela segunda vez.
Aposentada desde 1978, adorava ler. Seu autor favorito era o português Eça de Queiroz. A filha, que morava com ela nos últimos anos, se formou em bioquímica pela Universidade de São Paulo.
Morreu na última quinta-feira, aos 86, em São Paulo, vítima de septicemia e insuficiência respiratória.

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