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ROSALIA GOMES DE CASTRO (1922-2008)
Numa das andanças, a volta aos 15 anos
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Aos 15, Rosalia Gomes de
Castro se apaixonou por um
rapaz dez anos mais velho.
"Foi o seu primeiro amor",
lembra a filha, Adriany.
Certo dia, o rapaz voltou
de viagem trazendo uma noiva. Rosalia tocou a vida.
Nascida em Soledade de
Minas (MG), que hoje possui
5.518 habitantes, ela viveu
em várias cidades após se
tornar professora primária.
O primeiro amor foi em
Cruzeiro (SP); o primeiro
marido conheceu em São
Luís do Paraitinga (SP) -ele
era diretor da escola em que
ela dava aula; em Campinas
(SP), teve a primeira e única
filha, no ano de 1953, depois
de mais uma transferência.
Em 1956, quando completava cinco anos de casamento, o marido morreu, vítima
de uma tuberculose.
Rosalia tocou a vida, agora
na companhia de uma filha,
que queria ver formada -era
seu sonho. Numa das visitas
que fez a Cruzeiro, onde ainda tinha família, reencontrou o antigo amor, e soube
que ele também estava viúvo.
Aproximaram-se, e o segundo casamento de Rosalia
durou até 1993, quando os
problemas cardíacos do marido ferroviário a fizeram
viúva pela segunda vez.
Aposentada desde 1978,
adorava ler. Seu autor favorito era o português Eça de
Queiroz. A filha, que morava
com ela nos últimos anos, se
formou em bioquímica pela
Universidade de São Paulo.
Morreu na última quinta-feira, aos 86, em São Paulo,
vítima de septicemia e insuficiência respiratória.
obituario@folhasp.com.br
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