São Paulo, domingo, 16 de outubro de 2011

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ÁLVARO CARJULO D'ALMEIDA (1916-2011)

Uma relação antiga com o banco

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Coisa de oito anos atrás, Álvaro Carjulo D'Almeida ganhou um aparelho de TV da agência do Banco do Brasil na qual tinha conta, por ser o correntista mais antigo de lá. Sua ligação com o BB, porém, não era só como cliente.
Filho de um português e de uma italiana, Álvaro nasceu em Santos. O pai trabalhava com café, e ele chegou a exercer atividades na área. Mas logo prestou concurso para o banco onde ficaria até se aposentar na década de 70.
Antigamente, como lembra a filha Maria Luiza, um funcionário do Banco do Brasil tinha tanto prestígio profissional quanto um médico.
Devido ao trabalho, Álvaro morou em várias cidades -das paulistas Bauru, Araçatuba e Andradina a Campo Mourão (PR) e Pelotas (RS).
Foi em Bauru que ele conheceu a mulher, Diva, 90. Uma amiga de Santos um dia pediu para ele entregar uma carta a uma estudante da USP. Ele atendeu ao pedido e assim os dois se conheceram.
Diva é formada em educação física numa das primeiras turmas da universidade.
Os dois se casaram em 1942 e tiveram cinco filhos. Quando seus meninos começaram a fazer faculdade fora, o bancário decidiu mudar-se para São Paulo, para manter a família unida. Foi gerente de uma agência no Ipiranga, na zona sul da capital paulista.
Após encerrar um período de mais de 40 anos no banco, comprou um sítio onde plantava café e criava gado. Fã de música, tinha coleção de discos de 78 rotações.
Nos últimos tempos, teve problemas para andar e complicações renais. Morreu na segunda-feira, aos 94. Deixa nove netos e quatro bisnetos.

coluna.obituario@uol.com.br



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