São Paulo, domingo, 16 de outubro de 2011 |
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Para sanar dívidas, Jockey vende cavalos para atrair sócios Ideia é aumentar o número de animais em páreos e o lucro com apostas; débito é de cerca de R$ 80 milhões Haverá departamento para orientar novos proprietários; leilões e palestras também serão realizados VANESSA CORREA DE SÃO PAULO O Jockey Club vai lançar uma campanha para transformar sócios e frequentadores em felizes proprietários de puros sangues de corrida. Eduardo da Rocha Azevedo, desde março no comando do hipódromo de Cidade Jardim, na zona oeste, planeja com a medida aumentar o número de animais em páreos, o lucro com apostas e atrair novos sócios. Ex-presidente da Bovespa, Azevedo já vinha anunciando, desde que assumiu, diversas medidas para sanar as dívidas do clube. A primeira foi a renegociação dos R$ 207 milhões acumulados de IPTU. Depois veio a confirmação de que parte da Chácara do Jockey, terreno do clube na região do Butantã (zona sul), será oferecido para quitar o débito atual, de cerca de R$ 80 milhões. A estratégia para atrair novatos ao turfe é mostrar que ter um cavalo de corrida não é um bicho de sete cabeças. "Vamos dar palestras, fazer leilões com garantia de que os animais não têm problemas e teremos um departamento para orientar os novos proprietários", diz. NOVO COMPETIDOR Ex-treinador de jogadores profissionais de tênis, Marcelo Meyer, 59, comprou um cavalo há um mês. "Passei a vida inteira convivendo com esporte. Comecei a sentir falta de competição", afirma. Outro motivo para ter um cavalo nos páreos do Jockey, diz Meyer, foi tirar os netos, Carolina, 7, e Gabriel, 10, da frente do computador. "Queria que eles tivessem uma atividade para fazer num lugar com natureza e contato com animais", conta o novo turfista. "No último treino, o Gabriel trouxe o cronômetro dele e ficou tirando os tempos do cavalo." O cavalo custou R$ 6.000, além dos cerca de R$ 1.500 mensais com cocheira, alimentação e treinador. Para Antonio Cortez, 64, diretor financeiro e turfista desde a década de 1970, qualquer um pode ter um cavalo, mas "tem que ter assessoria. Não pode se iludir de que vai ter lucro. É hobby". Quem vai comprar um cavalo, diz Cortez, precisa saber se não é um descarte -cavalo que sofreu alguma lesão - e se não está comprando "cavalo de R$ 5.000 por R$ 30 mil". Texto Anterior: Itaim Paulista tem a maior disputa para Conselho Tutelar Próximo Texto: Saiba mais sobre o Jockey Club Índice | Comunicar Erros |
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