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"'Medo' do código passou"
da Folha Ribeirão
Para o especialista Roberto Scaringella, 58, o "medo" inicial do
Código Brasileiro de Trânsito passou e os motoristas voltaram a dirigir de modo imprudente.
"Primeiro, as pessoas ficaram
assustadas com as mudanças, mas
percebendo que somente as multas estavam em vigor, voltaram à
performance antiga."
Scaringella, que também é presidente do Instituto Nacional de Segurança no Trânsito, chegou à
conclusão baseado no aumento
dos acidentes e das mortes no
trânsito urbano em 93 municípios
da região de Ribeirão Preto.
Em fevereiro, por exemplo, no
primeiro mês de aplicação da lei, a
Polícia Militar registrou 2.499 acidentes, 642 feridos e sete mortos
-a menor marca desde 97.
Em agosto, último mês totalizado pela PM, houve 3.164 acidentes, 860 feridos e 22 mortes, quase
o mesmo patamar de antes do código. Em agosto do ano passado,
por exemplo, foram 25 mortes.
O atual código começou a ser
aplicado pela polícia em 22 de janeiro, amparado na publicidade
de que seria mais "severo" ao punir os infratores. Porém, a partir
de março, as ocorrências começaram a aumentar e quase alcançaram os índices de 97 na região.
Para o engenheiro Antonio Clóvis Coca Pinto Ferraz, do Departamento de Transportes da USP de
São Carlos, a falta de fiscalização
prejudicou o código. "Não acho
que a culpa seja da PM, mas falta
contingente e equipamentos para
melhorar a fiscalização."
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