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Preso é resgatado em saída de PS
MARCELO OLIVEIRA
da Reportagem Local
O preso Lindomar Osmar de
Moura, 31, condenado por roubo,
que estava detido na carceragem
do Depatri (Departamento de Investigações sobre Crimes contra o
Patrimônio), foi resgatado por
desconhecidos na saída do PS de
Santana (zona norte de SP), onde
foi levado ontem à tarde por policiais para receber atendimento.
Junto com Moura estava outro
preso condenado por roubo,
Abrahão Venâncio, 24, que estava
armado e foi baleado na cabeça
após atirar contra os policiais.
O Depatri instaurou procedimento para apurar como Venâncio teria deixado a carceragem
portando um revólver calibre 38,
que foi apreendido pela polícia
após o resgate.
Segundo o delegado-assistente
da 1ª Delegacia de Crimes contra o
Patrimônio do Depatri, Marcelo
Teixeira Lima, que registrou o caso, Venâncio saiu armado da prisão. "Há fortes indícios de que
carcereiros facilitaram a fuga."
Ontem era o dia de policiais da 1ª
delegacia realizarem a escolta de
presos da carceragem.
Alegando que tinham problemas
de estômago e necessitavam atendimento médico, Moura e Venâncio foram autorizados a ser levados sob escolta para receber atendimento médico no pronto-socorro.
Segundo Lima, após serem revistados por carcereiros, os dois
foram conduzidos, às 12h30, ao PS
por três policiais da 1ª delegacia.
Sem que as algemas fossem retiradas, segundo Lima, os presos receberam atendimento médico e
foram liberados às 13h15.
Quando eles saíram do hospital,
os policiais foram recebidos a tiros
por quatro desconhecidos que estavam em duas motos.
"E o Venâncio, por incrível que
pareça, mesmo algemado, sacou
uma arma de dentro das calças e
atirou contra os policiais, que revidaram", disse Lima.
Moura fugiu em uma das motos
com os desconhecidos e Venâncio
foi ferido na cabeça e socorrido
pelos policiais no PS do Tatuapé.
Nenhum policial ficou ferido.
Venâncio e Moura responderão
por fuga mediante violência, tentativa de homicídio e resistência a
prisão, segundo Lima.
O delegado Lima acredita que,
além da arma, Venâncio tenha
usado celulares dentro da carceragem para articular o resgate.
O delegado Wilson Di Rienzo,
supervisor da carceragem do Depatri, disse que os presos foram
revistados antes da saída ao PS.
Rienzo disse que os policiais do
Depatri é que deveriam ter revistado os presos na saída. Lima nega e
afirma que qualquer revista é atribuição dos carcereiros.
Segundo Lima, Venâncio, que
estaria fora de perigo, seria transferido para a Penitenciária do Estado, no Carandiru (zona norte).
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