São Paulo, quinta-feira, 16 de novembro de 2006

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Agências prevêem venda menor de pacotes

Operadoras de turismo avaliam que terão redução de 5% a 10% em compras antecipadas para viagens no Natal e no Ano Novo

Segundo empresas do setor, clientes estão adiando a decisão da viagem por conta dos problemas no controle do tráfego aéreo do país

REGIANE SOARES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Sem perspectiva de que a crise no controle do tráfego aéreo brasileiro termine antes do fim do ano, a Braztoa (Associação Brasileira dos Operadores de Turismo) avalia que o setor deve ter uma redução de 5% a 10% nas vendas antecipadas de pacotes de viagem para o Natal e o Réveillon.
De acordo com o presidente da entidade, José Zuquim, as operadoras de turismo costumam começar o mês de dezembro com 50% a 60% dos pacotes já comercializados. Neste ano, devido aos problemas enfrentados nos aeroportos do Brasil, a expectativa é que as vendas antecipadas cheguem a 45% no início do mês.
Na avaliação de Zuquim, houve uma pequena refreada no setor, mas as operadoras esperam a atuação do governo federal para que o tráfego aéreo volte à normalidade.
Uma das sugestões de Zuquim é a participação da sociedade civil organizada, especialmente de entidades ligadas ao turismo, no conselho consultivo da Anac (Agência Nacional da Aviação Civil).
"Precisamos entender o funcionamento da Anac para dar sugestões ou criticar, se for preciso", comentou Zuquim.
Algumas agências de viagem estão tendo dificuldades para vender pacotes para o fim do ano em decorrência da crise no tráfego aéreo.
De acordo com operadoras de turismo ouvidas pela reportagem da Folha, muitos clientes estão adiando a decisão ou até desistindo de viajar para evitar transtornos nos aeroportos do país, como os que ocorreram no último feriado prolongado, Dia de Finados.

Economia
Entidades que representam a indústria também estão preocupadas com a crise e prevêem prejuízos para o turismo.
Em nota divulgada ontem, representantes do setor ressaltaram que o aumento do tempo das viagens aéreas e as incertezas que o quadro atual gera "trazem importantes implicações à atividade econômica".
Entre os problemas que a crise aérea pode causar para a indústria nacional estão a desorganização nas agendas de negócios em decorrência do aumento no tempo de espera da viagem e o impacto na produção das indústrias usuárias do transporte aéreo, especialmente na distribuição dos produtos fabricados.
As entidades dizem acreditar que o impacto da crise para o turismo também será negativo, "dada a frustração e a insegurança percebida pelos passageiros", além do aumento do custo do transporte aéreo para as agências de viagens.


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