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Agências prevêem venda menor de pacotes
Operadoras de turismo avaliam que terão redução de 5% a 10% em compras antecipadas para viagens no Natal e no Ano Novo
Segundo empresas do setor, clientes estão adiando a decisão da viagem por conta dos problemas no controle do tráfego aéreo do país
REGIANE SOARES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Sem perspectiva de que a crise no controle do tráfego aéreo
brasileiro termine antes do fim
do ano, a Braztoa (Associação
Brasileira dos Operadores de
Turismo) avalia que o setor deve ter uma redução de 5% a 10%
nas vendas antecipadas de pacotes de viagem para o Natal
e o Réveillon.
De acordo com o presidente
da entidade, José Zuquim, as
operadoras de turismo costumam começar o mês de dezembro com 50% a 60% dos pacotes já comercializados. Neste
ano, devido aos problemas enfrentados nos aeroportos do
Brasil, a expectativa é que as
vendas antecipadas cheguem a
45% no início do mês.
Na avaliação de Zuquim,
houve uma pequena refreada
no setor, mas as operadoras esperam a atuação do governo federal para que o tráfego aéreo
volte à normalidade.
Uma das sugestões de Zuquim é a participação da sociedade civil organizada, especialmente de entidades ligadas ao
turismo, no conselho consultivo da Anac (Agência Nacional
da Aviação Civil).
"Precisamos entender o funcionamento da Anac para dar
sugestões ou criticar, se for preciso", comentou Zuquim.
Algumas agências de viagem
estão tendo dificuldades para
vender pacotes para o fim do
ano em decorrência da crise
no tráfego aéreo.
De acordo com operadoras
de turismo ouvidas pela reportagem da Folha, muitos clientes estão adiando a decisão ou
até desistindo de viajar para
evitar transtornos nos aeroportos do país, como os que
ocorreram no último feriado
prolongado, Dia de Finados.
Economia
Entidades que representam a
indústria também estão preocupadas com a crise e prevêem
prejuízos para o turismo.
Em nota divulgada ontem,
representantes do setor ressaltaram que o aumento do tempo
das viagens aéreas e as incertezas que o quadro atual gera
"trazem importantes implicações à atividade econômica".
Entre os problemas que a crise aérea pode causar para a indústria nacional estão a desorganização nas agendas de negócios em decorrência do aumento no tempo de espera da viagem e o impacto na produção
das indústrias usuárias do
transporte aéreo, especialmente na distribuição dos produtos
fabricados.
As entidades dizem acreditar
que o impacto da crise para o
turismo também será negativo,
"dada a frustração e a insegurança percebida pelos passageiros", além do aumento do custo
do transporte aéreo para as
agências de viagens.
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