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SAÚDE
Mutirão mobiliza 12 clínicos gerais, 20 urologistas e 10 enfermeiros para operar 60 pacientes com problemas de próstata
Hospital tenta acabar com fila de cirurgia
da Reportagem Local
O Hospital São Paulo quer eliminar, até o final desta semana, sua
fila de espera para operações na
próstata. Um mutirão composto
por 12 clínicos gerais, 20 urologistas e 10 enfermeiros estará mobilizado para atender uma lista de 60
pacientes que aguardam cirurgia
-alguns deles há anos.
O hospital, que é ligado à Unifesp (Universidade Federal de São
Paulo, antiga Escola Paulista de
Medicina), preparou uma estrutura especial para realizar as cerca de
dez cirurgias diárias, necessárias
para acabar com a fila.
Um andar com 22 leitos fixos e
outros de retaguarda estão reservados para a campanha.
Depois de concluído, o mutirão
deve aliviar ainda o tempo de espera de novos pacientes que também necessitem de cirurgia.
De acordo com o urologista Miguel Srougi, chefe da disciplina de
urologia da universidade, o tempo
de espera para uma operação na
próstata deve ser reduzido dos
atuais seis meses para 15 dias.
Srougi conta que há pacientes
que esperaram até cinco anos pela
operação, tomando remédios e
usando sondas para conter a incontinência urinária.
Ansiedade
O aposentado Paulo Maciel, 68, é
um dos pacientes que será submetido à cirurgia. Ele sofre de crescimento benigno da próstata e espera há dois anos por uma vaga para
fazer a operação.
Por causa do problema, Maciel
diz que não dorme direito -o
crescimento da próstata causa incontinência urinária- e tem dificuldade para fazer seus "bicos"
como eletricista.
"Estou esperando ansioso, não
vejo a hora de operar. Tenho certeza de que depois dessa cirurgia
eu estarei novo", diz Maciel. Antes de marcar o dia da operação, o
aposentado passou por uma bateria de exames para confirmar sua
necessidade.
Nesse processo, o hospital examinou 220 pacientes. Após a primeira seleção, ficaram 120 homens. Em 60 ficou constatada a
necessidade de operar.
Campanha nacional
A iniciativa do Hospital São Paulo antecipa uma campanha já prevista pelo Ministério da Saúde,
que planeja para o próximo ano
um mutirão nacional contra a
doença.
A idéia é promover uma campanha para homens nos mesmos
moldes da que foi realizada de
agosto a setembro deste ano para
diagnosticar e prevenir o câncer
de colo de útero entre mulheres
acima de 45 anos.
No caso masculino, os problemas mais comuns são o câncer e o
crescimento benigno da próstata
-que na maioria dos casos é solucionado sem cirurgia (leia texto
nesta página).
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