Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
por Teixeira Coelho
Duchamp que vale uma bienal
Maigret - A Barcaça da Morte
(Nova Fronteira/L&PM),
de Georges Simenon - O
existencialismo de Jean-Paul Sartre e de Albert Camus, em chave cotidiana e
policial, marca o tom desta
história do inspetor Maigret. Uma poesia seca e
uma dor que fura a alma em
uma narrativa a qual é impossível parar de ler
Biblioteca Personal - Prólogos
de Jorge Luis Borges - Uma
coleção de prólogos escritos por este fabulador argentino para as publicações dos outros. Quase
substituindo toda uma biblioteca inteira, oferece a
essência das idéias do poeta e dos livros que são
apresentados
Homem Comum
(Companhia das Letras), de
Philip Roth - Agora e na hora de nossa morte. Um retrato sobre a perda, quando
o pensar acaba por se revelar como experiência apenas da dor. Um verdadeiro
livro negro, que só pode ser
lido durante período de férias
Paris França
(ed. José Olympio), de Gertrude Stein - O modernismo expresso como literatura, em uma escrita ainda viva, de forma excitante, porém calma -como a cidade
que retrata. O livro é uma festa
Poesia Completa de Alberto
Caeiro
(Cia. das Letras), de Fernando Pessoa - Poesia sem
idéias e sem filosofia, criada a partir de pensamentos-sensações -e das coisas como elas são. Para ler
com os olhos quentes fechados, o corpo deitado na
realidade
Duchamp
(Taschen), de Janis Mink -Pequeno livro ilustrado
com fotos das obras e da vida do maior criador da arte
contemporânea. Percorrer
este livro é quase como ganhar dispensa de visitas a
bienais e a mostras de arte,
para sempre
TEIXEIRA COELHO é curador-chefe do
Museu de Arte de São Paulo (Masp).
Texto Anterior: Beatriz Resende: Jovens autores, velhas questões Próximo Texto: Mário Bortolotto: Praias de Ipanema e de Floripa perturbadoras Índice
|