São Paulo, domingo, 16 de dezembro de 2007

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Perguntas sobre cuidados com a pele no verão

O câncer da pele pode se espalhar para outros órgãos?
Depende do tipo de câncer. O carcinoma basocelular, que corresponde a 75% dos casos, não gera metástase, ou seja, não passa para outros órgãos. Já o carcinoma espinocelular (15% dos casos) e o melanoma (5%), que é o mais perigoso de todos, podem atingir órgãos internos.

A radiação solar também prejudica os olhos?
Sim. Os raios ultravioleta aumentam a incidência de catarata e também podem levar ao surgimento de melanoma no olho -embora seja menos comum que o melanoma na pele, o problema costuma ser diagnosticado tardiamente e tem um tratamento mais complicado. Por isso, é recomendável usar óculos com proteção ultravioleta.

É possível ter alergia ao sol?
Sim. A urticária solar é um distúrbio no qual a pele fica irritada e com erupções devido à exposição à luz solar. Se a alergia for à luz visível, é possível usar um filtro solar específico (ainda não disponível no mercado nacional). Caso a alergia seja a outros tipos de raio, o tratamento geralmente adotado é o uso de um anti-histamínico específico.

O vidro comum protege contra os raios ultravioleta?
Sim. O vidro comum deixa passar 20% da radiação ultravioleta. No carro, o vidro do pára-brisa, por ser laminado, não deixa passar a luz ultravioleta -só a luz visível e a ultravioleta (que gera calor) atingem os motoristas e os passageiros. As películas escuras diminuem a incidência dos raios.

Lâmpadas e monitores de computador fazem mal para a pele?
Não. A luz ultravioleta emitida por lâmpadas incandescentes e monitores de computador é praticamente inexistente.

Cápsulas específicas para a proteção solar substituem o uso dos filtros convencionais?
Não. Os protetores orais geralmente são feito à base de produtos como o chá verde e a casca do grão de café, ricos em antioxidantes. Como a radiação ultravioleta oxida o DNA, tornando o corpo mais vulnerável ao câncer, esses nutrientes ajudam a diminuir a lesão causada pelo sol. Entretanto, a quantidade de proteção que eles oferecem não é suficiente para que sejam usados isoladamente.

Manchas brancas também são perigosas para a saúde?
Depende. As manchas brancas causadas por excesso de sol, que costumam ser pequenas e disseminadas nas áreas que recebem muita luz, não representam riscos. Entretanto, algumas doenças, como a hanseníase, podem se manifestar por meio de manchas brancas nas quais há perda de sensibilidade. Há também micoses, como a pitiríase versicolor, que geram manchas claras -geralmente nas costas. Por isso, quem possui manchas brancas no corpo deve procurar um dermatologista para obter o diagnóstico adequado.

É recomendável corrigir com maquiagem as diferenças de tom em rostos queimados de sol?
Não. A pele queimada por excesso de luz solar fica mais sensível a substâncias alergênicas, portanto, é recomendável evitar cosméticos e perfumes. Mesmo pomadas para queimaduras só devem ser usadas quando indicadas por um dermatologista, pois também podem gerar alergias.

Filtros com FPS 60 protegem duas vezes mais que os de FPS 30?
Não. O FPS significa Fator de Proteção Solar e se refere aos raios UVB. De acordo com especialistas, o fator mínimo de proteção recomendado é 15. A partir daí, a proteção oferecida pelos filtros é praticamente a mesma -o que muda de acordo com o FPS é o tempo que o creme permanece atuando na pele. Quanto maior o FPS, maior a duração do produto e menor a necessidade de reaplicação. A indicação geral, porém, é que o protetor seja reaplicado a cada duas horas.

Qualquer pinta representa risco para câncer da pele?
Não. Uma dica para identificar os sinais perigosos é checar o ABCD -assimetria, borda, cor e diâmetro. Se uma pinta sofrer alterações em qualquer uma dessas categorias, é bom consultar um especialista. O tamanho limite é de seis milímetros (equivalente a uma daquelas borrachinha no topo dos lápis) -sinais com diâmetros superiores a essa medida devem ser monitorados com freqüência.


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