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Ensino deve se ligar à realidade
da Reportagem Local
O interesse do jovem pela escola
depende de uma reformulação
profunda da estrutura atual. Essa
mudança abrange uma vinculação maior entre o que é ensinado
na escola, o universo de vida dos
adolescentes e as necessidades do
mercado de trabalho.
"A escola é chata. O estudante
não consegue ver ligação entre ela
e o seu futuro", diz Francisco
Aparecido Cordão, membro da
Câmara de Educação Básica do
Conselho Nacional de Educação.
A reforma já está em curso, avalia Raul do Valle Jr., diretor do
Proep (Programa de Expansão da
Educação Profissional) do MEC.
Ela consiste na reformulação da
estrutura dos currículos de modo
a articular o conhecimento com a
realidade, na ampliação das vagas
e na melhoria da infra-estrutura.
A primeira parte está mais avançada porque as diretrizes e os parâmetros curriculares já vêm sendo difundidos nas escolas.
As outras duas dependem de recursos adicionais, o que está sendo viabilizado por meio de um financiamento de US$ 1 bilhão do
BID (Banco Interamericano de
Desenvolvimento). "O jovem tem
razão quando diz que não tem interesse em estudar. Ele não se
identifica com a escola porque ela
não tem a cara dele ", diz.
Para Cordão, no entanto, é preciso ir além das macropolíticas.
"É preciso mudar a escola internamente, por meio de um projeto
pedagógico. É um trabalho coletivo em que todos os professores
têm de estar envolvidos."
(MAv)
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