São Paulo, Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2000


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Ensino deve se ligar à realidade

da Reportagem Local

O interesse do jovem pela escola depende de uma reformulação profunda da estrutura atual. Essa mudança abrange uma vinculação maior entre o que é ensinado na escola, o universo de vida dos adolescentes e as necessidades do mercado de trabalho.
"A escola é chata. O estudante não consegue ver ligação entre ela e o seu futuro", diz Francisco Aparecido Cordão, membro da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação.
A reforma já está em curso, avalia Raul do Valle Jr., diretor do Proep (Programa de Expansão da Educação Profissional) do MEC.
Ela consiste na reformulação da estrutura dos currículos de modo a articular o conhecimento com a realidade, na ampliação das vagas e na melhoria da infra-estrutura. A primeira parte está mais avançada porque as diretrizes e os parâmetros curriculares já vêm sendo difundidos nas escolas.
As outras duas dependem de recursos adicionais, o que está sendo viabilizado por meio de um financiamento de US$ 1 bilhão do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). "O jovem tem razão quando diz que não tem interesse em estudar. Ele não se identifica com a escola porque ela não tem a cara dele ", diz.
Para Cordão, no entanto, é preciso ir além das macropolíticas. "É preciso mudar a escola internamente, por meio de um projeto pedagógico. É um trabalho coletivo em que todos os professores têm de estar envolvidos." (MAv)

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