São Paulo, sábado, 17 de janeiro de 2004

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VIOLÊNCIA

Gravação de vídeo levanta possibilidade de que um PM da Rota tenha atirado no criminoso após a rendição

Polícia investiga morte suspeita de ladrão

DO "AGORA"

Uma imagem gravada por um cinegrafista amador e exibida pela TV Globo levantou a suspeita de que um policial militar da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) teria atirado em um ladrão após sua rendição.
A fita mostra um criminoso sendo rendido na avenida João Jorge Saad (zona oeste da capital paulista). Ele está deitado no chão e uma arma é apontada por um policial militar em sua direção.
Em seguida, o cinegrafista perde o foco, mas ouve-se o barulho de um tiro. Na imagem seguinte, o carro da PM sai em disparada, levando os ladrões feridos.
O empresário seqüestrado, dono de uma rede de ensino de informática, foi rendido por uma dupla a caminho de uma de suas escolas, na rua Luiz Carlos Ventura, no Jardim Panorama, em Taboão da Serra (região metropolitana de São Paulo), por volta das 20h30 de anteontem.
Armados, Sérgio Paulo de Souza e um homem não identificado abordaram o empresário. Ele ficou nervoso e não conseguia se controlar, fazendo gesto com a mão. Temendo que isso chamasse a atenção, a dupla o obrigou a sentar no banco de trás do carro.
Com os cartões bancários e as senhas da vítima, os três percorreram caixas eletrônicos para sacar dinheiro.
Um carro da Rota, que havia sido informado do roubo pelo Copom (Centro de Operações da Polícia Militar), cruzou com o Palio na avenida Francisco Morato.
Perseguidos pelos PMs, os bandidos perderam o controle do carro na avenida João Jorge Saad. O automóvel cruzou o canteiro, derrubou um relógio e capotou.
Segundo os policiais, os ladrões saíram do carro atirando. Os dois ladrões foram baleados e morreram no PS Iguatemi. O empresário seqüestrado foi socorrido no pronto-socorro Bandeirantes e liberado pouco depois.

Investigação
Em nota oficial divulgada no final da tarde de ontem, a Polícia Militar informou que a corregedoria da PM vai acompanhar o inquérito instaurado para apurar o seqüestro relâmpago seguido de resistência.
A corregedoria vai investigar se um tiro foi efetuado pelos integrantes da Rota após os ladrões estarem dominados.
Em entrevista ao "SPTV", da TV Globo, o comandante da Rota, major Júlio César Vieira, afirmou que não houve desvio de conduta dos policiais envolvidos.
"Pelas informações que eu tenho, descarto a possibilidade de uma execução", disse. Segundo ele, "os infratores saíram atirando e os policiais se defenderam".


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