|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Brasil lidera ranking internacional de atrasos em vôos
Segundo levantamento da revista "Forbes", país teve três aeroportos entre os quatro com mais decolagens atrasadas
Aeroporto Juscelino Kubitschek (Brasília) ficou em 1º na lista, seguido de Pequim (China), Congonhas (São Paulo) e Cumbica (Guarulhos)
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com menos de 27% de partidas no horário em 2007, o aeroporto Juscelino Kubitschek
(Brasília) foi considerado aquele com mais vôos atrasados do
mundo, segundo um levantamento da revista "Forbes". Em
terceiro e quarto lugares no
ranking estão os aeroportos de
Congonhas (São Paulo) e Cumbica (Guarulhos), dados que
evidenciam o impacto da crise
aérea do país.
Baseando-se no serviço
FlightStats, que fornece pela
internet dados em tempo real
sobre pousos e decolagens, a revista calculou os índices de
pontualidade de aeroportos internacionais com capacidade
para atender mais de 10 milhões de passageiros.
O Galeão (Rio de Janeiro),
por exemplo, ficou de fora
-apesar de ter índices semelhantes aos de São Paulo, segundo a "Forbes". Em Guarulhos, apenas 41% dos vôos decolaram dentro do horário. Em
Congonhas, o índice foi de 43%.
O segundo pior na lista, com
33%, foi o aeroporto de Pequim
(China). A quinta posição, com
47%, ficou com o Cairo (Egito).
A revista utiliza uma tolerância de 15 minutos para calcular
atrasos, conforme padrão internacional. Esse parâmetro
também é adotado pela Anac
(Agência Nacional de Aviação
Civil) para a divulgação mensal
dos índices de pontualidade
por empresas aéreas.
Desde o início da crise aérea,
porém, a Infraero (estatal que
administra os aeroportos) adota um método diferente para
amenizar o impacto negativo
dos altos índices e colocar o foco nas empresas aéreas -e não
na situação de cada aeroporto.
A estatal passou a calcular
atrasos apenas a partir de uma
hora, tabulando os dados por
empresa aérea em seus informes diários, não por aeroporto.
A Infraero soltou uma nota
ontem na qual critica a "Forbes". "A avaliação foi feita seguindo índices de pontualidade, o que, na visão da empresa, é
incorreto", diz o texto.
Apesar de a revista deixar
claro que só pesquisou atrasos,
a Infraero considerou que qualquer um de seus 67 aeroportos
só pode ser avaliado por critérios de infra-estrutura ou serviços prestados. A Anac não quis
se manifestar por não conhecer
a metodologia da reportagem.
O Snea (Sindicato Nacional das
Empresas Aéreas) também não
fez comentário.
O levantamento da "Forbes"
considera todos os atrasos registrados pela FlightStats
(www.flightstats.com), sem
descontar causas, como forma
de medir o impacto, e "frustração" dos passageiros que precisam esperar para viajar.
Já a Anac considera o nível
de 15 minutos para vôos domésticos e de 30 minutos para
internacionais. A medida conta
da partida até a chegada, inclui
escalas e desconta fatores meteorológicos. Dessa forma, o
país teve 43% de atrasos em dezembro de 2007 -pior que dezembro de 2006, um dos auges
da crise aérea (36%).
A "Forbes" também levantou
o ranking de chegadas atrasadas. Lideram essa lista os aeroportos de Mumbai e Delhi (Índia), Cumbica, La Guardia e
Newark (EUA).
Texto Anterior: Com filas nos postos de saúde, Rio vive agora "revolta pela vacina" Próximo Texto: Relatório sobre queda do Boeing da Gol não explica por que transponder desligou Índice
|