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Foco
Associação de prostitutas na PB rifa pacote sexual a R$ 5 para pagar dívidas
BRENO COSTA
DA AGÊNCIA FOLHA
Por R$ 5, um homem poderá selecionar, na noite do
dia 31, uma entre dez prostitutas que fazem ponto nas
ruas de João Pessoa (PB) para pernoitar em um motel
-com tudo pago.
O pacote sexual -que, na
média, sairia por R$ 600, incluindo o motel- foi a solução encontrada pela Apros-PB (Associação das Profissionais do Sexo da Paraíba)
para se livrar de uma dívida
de R$ 3.000 em aluguel, luz,
telefone e água.
Ideia de uma das 120 associadas, desde a semana passada a Apros está rifando o
programa completo por R$
5. Até ontem, segundo a presidente da associação, Luza
Maria, 36, mais de cem números haviam sido vendidos.
Apesar de a procura masculina ser maior, michês serão contatados para servir de
"prêmio" às mulheres. A previsão de Luza é obter mil interessados na "noite de prazer" -ou R$ 5.000 nos cofres da entidade. Segundo
ela, entre as dez voluntárias,
há muita variedade, com
mulheres de até 50 anos.
A Apros-PB, criada em
2001, tinha como renda a
venda de preservativos. Segundo Luza, em julho o grupo ficou sem recursos do Ministério da Saúde, que financiava vale-transporte para as
visitas. Sem dinheiro para as
passagens, caiu a venda de
preservativos.
Pela lei brasileira, prostituição não é crime. Tirar
proveito da atividade ou induzir alguém a esse tipo de
trabalho são crimes. No caso
da rifa, as dez mulheres decidiram se voluntariar e ser escolhidas pelo vencedor.
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