São Paulo, segunda-feira, 17 de janeiro de 2011 |
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Casas ocupam até margens de cachoeiras em Petrópolis DO ENVIADO A PETRÓPOLIS "Moramos sobre uma bomba-relógio que pode explodir a qualquer momento. Convivemos com a morte todos os dias", diz a auxiliar de enfermagem Cecília Albino. Nas encostas dos morros de Petrópolis, há casas até nas margens de cachoeiras de 100 m de largura, 400 m de queda e inclinação de 45º. A região, batizada de Cascatinha, a meio caminho do centro de Petrópolis e de Itaipava, é um vale cortado pelo rio Piabanha, rodeado de colinas e com duas quedas-d'água, uma de cada lado. A ocupação desses morros, dizem os moradores, começou há algumas décadas, com a falência da fábrica de tecidos Petropolitana. Sem dinheiro para pagar a rescisão trabalhista dos funcionários, os donos lotearam o terreno na encosta e deram a eles títulos de posse. Os traços de urbanização são tão fortes que foram construídos até delegacia, Ciep (o modelo de escola pública fluminense) e UPA (o pronto-socorro do Estado). Na casa de Cecília Albino, um puxadinho de três andares, moram quatro famílias. Segundo diz, nunca recebeu avisos da prefeitura de que a área é de risco. Fiscais também não fizeram vistorias. Ela vive lá há 24 anos. A Prefeitura de Petrópolis diz que trabalhos preventivos, como a intensificação da fiscalização, têm sido feitos. Desde o ano passado, afirma, 128 invasões foram coibidas e 168 casas foram demolidas. (VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO) Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Moacyr Scliar: A mulher sem medo Índice | Comunicar Erros |
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