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Desembargador nega que seu voto foi político
DA REPORTAGEM LOCAL
O desembargador Walter
de Almeida Guilherme nega
que seu voto em favor do coronel Ubiratan Guimarães
tenha sido político e afirma
que o resultado do julgamento pelo Tribunal de Justiça apenas restabeleceu a
vontade dos jurados.
"Não foi só a minha interpretação. Outros desembargadores também pensaram
assim", afirmou. Ele reconhece que o argumento, de
que o parágrafo único do artigo 23 do Código Penal estabelece que pode ser considerado excesso mesmo em caso de estrito cumprimento
do dever, "não é absurdo,
mas não o convence".
"Fiz a minha interpretação. As inovações são razoáveis em direito. Para mim, é
incabível considerar que
houve estrito cumprimento
do dever e excesso ao mesmo tempo, ainda mais se
considerarmos que o coronel Ubiratan deu uma ordem, não foi o executor."
Para ele, a votação dos jurados deveria ter parado no
momento em que foi aceita a
tese de estrito cumprimento
do dever.
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