São Paulo, sexta-feira, 17 de fevereiro de 2006

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REPERCUSSÃO

FERNANDO MATOS, coordenador do Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares:
"Foi um incentivo à violência policial. É importante lembrar que as autoridades políticas também não foram punidas".

LUIZ ANTONIO FLEURY FILHO, governador na época do massacre:
"Estou satisfeito com o resultado. Foi uma decisão técnica, correta. Estranhei que só agora ele [Ubiratan] tenha revelado essa mágoa. Foi um momento de euforia. Acho natural até, depois de 13 anos sob pressão, sendo absolvido, que uma pessoa tenha o direito de falar qualquer bobagem".

MARY COHEN, da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PA:
"É um caso emblemático da necessidade da federalização desse tipo de crime. Quando o poder está próximo de quem investiga, pode acabar em impunidade".

EDIÓGENES DE ARAGÃO, da Associação Em Nome do Bem Comum e professora da Unicamp:
"Os desembargadores desqualificaram a decisão do povo, que, em tese, deveria ser soberana".

AFRO-X, rapper e ex-presidiário:
"O massacre tem dois capítulos importantes: o genocídio e agora a vergonha do Poder Judiciário. Só reforça a tese de que a lei é para todos e a Justiça é para poucos".

ROSE NOGUEIRA, presidente da ONG Tortura Nunca Mais:
"Estamos indignados. Está comprovado pelas fotos tudo o que aconteceu. Os presos foram mortos ajoelhados, o que prova que já estavam dominados".

ALBERTO TORON, conselheiro federal da OAB:
"Pelo que eu li, a decisão não é disparatada, tem lógica, embora possa ser contestada. E essa decisão não pode, de maneira nenhuma, ser lida como uma aprovação pela ação criminosa que os policiais realizaram no Carandiru. Uma ação covarde e criminosa".

ARIEL DE CASTRO ALVES, coordenador do Movimento Nacional dos Direitos Humanos em São Paulo:
"A decisão é uma espécie de licença para que policiais invadam presídios e a Febem e matem com a justificativa de que estão no estrito cumprimento do dever".


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