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Professor temporário deve passar por nova prova em SP
SP quer contratar empresa para aplicar exame em agosto
DA REPORTAGEM LOCAL
A secretária estadual da Educação de SP, Maria Helena Guimarães de Castro, afirmou ontem que pretende aplicar nova
prova para professores temporários, agora para selecionar
docentes para 2010.
O governo espera aplicar o
exame em agosto, por meio de
empresa escolhida por licitação. Na primeira edição da prova, de dezembro, a própria pasta fez a avaliação, e houve denúncias de irregularidades como vazamento de gabarito.
A rede possui 100 mil temporários, que suprem a falta de
concursados -no total, o Estado possui 230 mil docentes.
O anúncio do novo exame foi
feito num momento em que a
gestão Serra (PSDB) não sabe o
que fazer com os temporários
deste ano letivo, iniciado ontem. Na quinta-feira, a juíza
Maria Gabriella Pavlopoulos
Spaolonzi, da 13ª Vara da Fazenda Pública, disse que o Estado não pode manter os cerca de
1.500 temporários que zeraram
no exame de dezembro.
A mesma juíza, porém, determinou em liminar (decisão
provisória) que o resultado da
prova não pode ser utilizado
para escolher temporários
-atendendo a pedido da
Apeoesp (sindicato dos docentes), que citou as suspeitas de
irregularidades. O impasse
atrasou o início das aulas, que
seria na última quarta-feira.
"Entramos com petição solicitando esclarecimentos à juíza. Ela exige que a nota não seja
considerada, mas não quer que
os que zeraram tenham atribuição [aulas]. Há uma contradição", afirmou a secretária.
"Acredito que ganharemos
na Justiça o mérito da questão
[referente à possibilidade de
avaliar os professores temporários por meio de prova], para
usarmos a prova de seleção para o próximo ano."
Maria Helena disse que não
havia usado empresa especializada no exame por falta de tempo. "A discussão se arrastou até
novembro. Não daria tempo
para licitar. Mas a prova que a
secretaria fez foi boa." Se a prova valesse, diz a pasta, metade
dos 100 mil temporários seria
trocada (houve 214 mil candidatos no exame, aberto a quem
não estava na rede). Com a suspensão, o tempo de serviço voltou a ser o principal critério para a distribuição de aulas.
"Ao dizer que precisará de
uma empresa, a secretária admite os erros na prova", disse a
presidente da Apeoesp, Maria
Izabel Azevedo Noronha. "E ao
anunciar a nova prova para
temporários, quer dizer que
não haverá concurso público?
Essa é a principal questão."
Segundo a secretária, o governo deve criar 75 mil cargos
públicos. O anúncio foi feito em
junho mas até o momento o
projeto não foi enviado à Assembleia.
(FÁBIO TAKAHASHI)
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