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Bando escava túnel e assalta banco no Ceará
Caixa-forte do Banco do Brasil em Quixadá foi arrombada por meio de túnel semelhante ao do furto do BC de Fortaleza em 2005
Valor levado não havia sido calculado; crime ocorreu
no fim de semana e só foi descoberto ontem de manhã pelo gerente da agência
KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
Um túnel semelhante ao usado no furto ao Banco Central
em Fortaleza, em 2005, foi
escavado por uma quadrilha
para ter acesso à caixa-forte de
uma agência do Banco do Brasil
no município de Quixadá (158
km da capital cearense).
Os assaltantes conseguiram
levar todo o dinheiro da caixa-forte depois de arrombá-la pelo
piso, situação similar à que
aconteceu no assalto de quase
quatro anos atrás ao BC de Fortaleza, quando foram levados
R$ 164,8 milhões do cofre por
um quadrilha composta por
mais de 30 pessoas.
O valor furtado em Quixadá
ainda não foi calculado, informou a assessoria de imprensa
do Banco do Brasil.
Segundo o delegado Wilder
Brito, da Delegacia de Roubos
e Furtos, eram guardadas na
caixa-forte do Banco do Brasil
cédulas de outros bancos da
região, que seriam distribuídas
ontem.
Fim de semana
O furto foi realizado durante
o final de semana e foi descoberto somente ontem pela manhã, quando o gerente abriu a
agência.
Após buscas nos arredores da
agência, a Polícia Civil descobriu que havia um túnel construído a partir de um lava-jato,
alugado pela quadrilha havia
três meses.
O lugar fica a dois quarteirões do banco e estava cercado
com tapumes de madeira, para
que a escavação não fosse vista.
A extensão do túnel ainda
não tinha sido calculada pela
polícia até o final da tarde de
ontem.
Do lava-jato, a escavação seguia para uma galeria pluvial
localizada na rua lateral ao banco. De lá, saía uma continuação
do túnel diretamente para a
caixa-forte do banco.
Por enquanto, as investigações ficarão a cargo da Polícia
Civil do Ceará.
Ainda assim, agentes da Polícia Federal estiveram ontem
no local para uma primeira perícia. O objetivo era comparar o
modelo do túnel ao usado pelos
ladrões do Banco Central em
2005. Se houver semelhanças,
a PF poderá entrar na investigação do crime.
Testemunhas
A Polícia Civil de Quixadá
não informou detalhes da caixa-forte do banco nem da forma como o local foi arrombado,
já que nem sequer havia entrado no lugar até o final da tarde
de ontem, de acordo com o delegado Brito.
O policial ouviu testemunhas
enquanto esperava o local ser
liberado pela Polícia Federal.
Elas disseram que o lava-jato
de onde partiu a escavação
foi alugado por três pessoas
que afirmaram serem do Rio de
Janeiro.
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