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Grávida espera mais de 2 horas em ponto
DO "AGORA"
Grávida de sete meses, a operadora de telemarketing Alicéia Machado, 20, foi uma das pessoas
que sofreram, ontem, com a demora dos ônibus. Quando falou
com a reportagem, ela já estava
havia duas horas em pé, em um
ponto na estrada da Ligação, no
Jabaquara (zona sul).
"Estou com medo de perder o
emprego. Liguei para meu patrão
dizendo que ia me atrasar. Ele
nem quis saber da greve e me deu
uma bronca", conta ela.
No ponto desde as 7h, deveria
ter entrado no trabalho, em Pinheiros (zona oeste), às 9h, hora
em que falava com a reportagem.
Outro que sofreu no mesmo
ponto foi o porteiro Altieres da
Silva, 21, que havia trabalhado durante a noite e não conseguia voltar para casa. "Fiquei uma hora e
meia esperando em outro ponto.
Como não passava o ônibus, vim
para este e já estou aqui há mais
ou menos meia hora. Trabalhei a
noite inteira e preciso dormir."
Em outro ponto, próximo dali, a
aposentada Ermínia Klesse, 62,
corria o risco de perder uma consulta médica em Adolfo Pinheiro,
Santo Amaro (zona sul). Ela contou que já estava havia mais de
uma hora no ponto, no Jardim
Selma (zona sul).
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