São Paulo, sexta-feira, 17 de março de 2006

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Brasil é "nação de não-leitores", diz "The Economist"

DA REPORTAGEM LOCAL

O Brasil é chamado de "nação de não-leitores" em reportagem publicada nesta semana na conceituada revista britânica "The Economist". O texto justifica o rótulo com base em um levantamento recente que põe o país na 27ª posição (em 30) em assiduidade de leitura.
O estudo -cuja autoria não é explicitada- mostra que o brasileiro dedica, em média, 5,2 horas semanais aos livros.
A reportagem diz que os altos preços cobrados pelos volumes contribuem para o desapego à leitura. Segundo a "The Economist", a negligência governamental com a educação, que está na raiz do que descreve como "indiferença aos livros", vem desde os tempos da escravidão. O problema foi agravado, de acordo com a publicação, pela universalização tardia (nos anos 90) do primário.
A publicação cita iniciativas que visam remediar o déficit, como o Plano Nacional do Livro e Leitura, mas pondera que é tarefa árdua internalizar o hábito da leitura. Um indício disso é que a venda de livros no Brasil foi menor em 2004 do que em 1991.
Motivação para o pedido de demissão do presidente da Biblioteca Nacional, Pedro Corrêa do Lago, em 2005, a deterioração do acervo por traças é tratada pela revista como motivo para "vergonha nacional".


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