DA REPORTAGEM LOCAL

A polícia prendeu anteontem dois homens acusados de cometer assaltos na região do aeroporto de Congonhas, zona sul de São Paulo. Os alvos preferenciais do grupo eram laptops, muito comuns na bagagem dos usuários do aeroporto. Uma mulher também foi presa por guardar em casa os objetos roubados pela dupla.
Nessa casa, localizada também na zona sul da cidade, foram encontrados dez notebooks, além de bolsas, carteiras, passaportes, cartões de banco, talões de cheque e outros equipamentos, como máquinas fotográficas e agendas eletrônicas e calculadoras.
Segundo relato de policiais militares, dois homens em duas motos realizaram um assalto na região do aeroporto na manhã de anteontem. A placa de uma das motos foi anotada e, a partir dela, a polícia conseguiu localizar um endereço, no Jardim Capelinha.
Numa ronda pelo bairro, nos arredores do endereço identificado, os policiais acharam a moto.
Próximo dela estava o ajudante Pablo Ramos Lima Santos, 18. Ainda segundo os militares, Santos portava um revólver calibre 38, totalmente carregado. A arma tinha numeração raspada.
O rapaz acabou revelando onde guardava os equipamentos roubados na região de Congonhas.
Os policiais e o acusado estavam próximos do endereço. Eles foram recebidos na casa apontada por Santos pela dona-de-casa Maria José Lago dos Santos, 50.
Ainda de acordo com o relato dos policiais militares, ela não ofereceu resistência e deixou que o local fosse vasculhado. Dentro da casa foi encontrado o segundo acusado: o vendedor Valter Ferreira de Almeida, 22. Todos foram presos e levados ao 92º DP.
Em seu depoimento à polícia, Maria disse que guardava os equipamentos roubados em sua casa a pedido de Santos e Almeida.
A Folha não conseguiu localizar os advogados dos três acusados.
Uma das vítimas dos assaltos foi à delegacia e reconheceu Santos como o homem que a havia roubado na última segunda-feira.
Até a noite de ontem, a polícia tinha conseguido localizar seis vítimas da dupla, a partir dos documentos recuperados na casa de Maria. Cinco são engenheiros (três deles estrangeiros) e um, auditor. Eles não conseguiram reconhecer Almeida e Santos como autores dos assaltos.


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