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Gestão Serra adia entrega de ampliação de rede de trens
Estado anunciou retomada das obras, mas conclusão total foi postergada para 2008
Ampliação das linhas C e F da CPTM, que vai elevar
a demanda de passageiros em 50%, deveria ter
ficado pronta em 2006
ALENCAR IZIDORO
DA REPORTAGEM LOCAL
As obras de expansão da rede
de trens de São Paulo, que incluem as novas estações Autódromo, Interlagos e USP Leste,
serão retomadas em "ritmo
acelerado" a partir da semana
que vem, mas já tiveram suas
conclusões postergadas de novo pelo governo do Estado.
Os investimentos que devem
elevar em mais de 50% a demanda das linhas C (Osasco-Jurubatuba) e F (Brás-Calmon
Viana) da CPTM (Companhia
Paulista de Trens Metropolitanos) eram prometidos pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB)
para 2006, foram adiados para
os primeiros meses de 2007 e a
nova previsão é que a entrega
total ocorra só em 2008 -sendo parte no final deste ano.
A redução drástica no ritmo
das frentes de trabalho ocorreu
no último semestre, no fechamento das contas do Estado pela gestão Cláudio Lembo (PFL).
A situação se manteve nos
primeiros meses do governo
José Serra (PSDB), com as
obras da linha C em ritmo bem
lento e as da linha F paradas.
O presidente da CPTM, Álvaro Armond, diz que a primeira
terá novas frentes na próxima
semana. A retomada da segunda deve ocorrer no fim do mês.
O novo prazo para concluir
as obras das estações de trem é
resultado principalmente de
problemas financeiros que motivaram atrasos de outros projetos estratégicos do Estado,
como a alça sul do Rodoanel.
No caso da CPTM, a falta de
dinheiro foi resolvida na última
segunda-feira, quando ela acertou a captação de dinheiro no
mercado financeiro para seguir
com as obras das linhas C e F.
O BNDES e outros investidores aplicaram em fundos de R$
150 milhões lançados pela empresa estadual e serão remunerados pela receita das catracas.
A liberação da verba minimiza
os atrasos, mas não tem mais
como evitar os adiamentos.
Os projetos integram uma
série de obras de transporte
que foram parcial ou totalmente interrompidos por Lembo e
que ainda não voltaram ao ritmo normal na gestão Serra.
O trecho sul do Rodoanel,
que ligará a Régis Bittencourt
ao ABC paulista, passando pelo
sistema Anchieta-Imigrantes,
atrasou e deverá ser retomado
somente no mês que vem.
A conclusão da estação Alto
do Ipiranga, parte da extensão
da linha 2-verde do metrô, também teve de ser postergada por
Lembo de 2006 para março de
2007. Agora, a nova previsão da
gestão tucana é junho próximo.
Na linha 4-amarela, a paralisação das frentes de trabalho
não esteve relacionada à falta
de recursos, mas à abertura da
cratera na estação Pinheiros.
A principal justificativa da
gestão Lembo para paralisar as
obras do Estado foi a arrecadação aquém do previsto pelo Orçamento de 2006 e a necessidade de se ajustar à LRF (Lei de
Responsabilidade Fiscal).
O governo de José Serra alegou falta de recursos no começo do ano, além de problemas
na aprovação do orçamento e
seu congelamento.
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