da Reportagem Local

A cidade de São Paulo registrou 54 homicídios dolosos (quando há intenção de matar) no último final de semana -entre as 20h de sexta-feira e as 8h de ontem.
Esse número, igual ao registrado entre os dias 23 e 26 de janeiro, representa o segundo maior do ano (veja quadro acima).
O recorde atual é de 67 assassinatos, registrado entre os dias 30 de janeiro e 2 de fevereiro -esse número também é o recorde registrado desde fevereiro de 96, quando a Secretaria da Segurança Pública passou a centralizar a divulgação dos dados.
A região que registrou o maior número de assassinatos -15- foi a abrangida pela Delegacia Seccional de Santo Amaro, uma das mais violentas da cidade.
O número dessa seccional poderia ter sido ainda maior, pois não estão incluídos os três mortos de uma chacina ocorrida no Capão Redondo, na tarde de sexta-feira -o balanço de final de semana só considera os crimes que ocorreram a partir das 20h de sexta.
De acordo com o delegado Domingos Paulo Neto, responsável pela seccional, o aumento no número de mortos nesse fim-de-semana foi causado por três duplos homicídios. "Tivemos 12 ocorrências com 15 mortos", disse.
Paulo Neto afirmou que a média de assassinatos em finais de semana tem se mantido estável. Em 96, segundo ele, a média foi de 12,1. Em 97, de 12,2 e, em 98, de 12,3.
"A média mensal, no entanto, tem caído. Em 94, tivemos uma média de 108,5 homicídios por mês. Em 97, a média foi de 100", disse. O delegado afirmou ainda que o número de homicídios em 97 na região da seccional caiu 4,6% em relação a 96, enquanto que, no resto da cidade, a queda foi de 2,3%.
Ainda de acordo com o delegado, o número de assassinatos em janeiro e fevereiro de 98 caiu 2,4% em relação ao mesmo período de 97. "Tivemos um aumento nesse fim-de-semana, mas, no geral, estamos abaixando a média."

Sem mortes
Pelo segundo final de semana consecutivo, a região abrangida pela Delegacia Seccional Leste não registrou homicídios.
A seccional é responsável por 12 distritos policiais em bairros como Penha, Tatuapé e Vila Formosa.
"Nossa região é calma em relação a assassinatos. Na única favela que temos, na Vila Prudente, não há problemas de criminalidade. Nossos problemas são outros, como furtos e roubos de carros", disse o delegado Osmar Porcelli, responsável pela seccional.



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