São Paulo, terça, 17 de março de 1998

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Professor universitário ameaça fazer greve a partir de amanhã

da Sucursal de Brasília

O ministro da Educação, Paulo Renato Souza, afirmou ontem que uma eventual greve de professores universitários iria prejudicar o funcionamento do sistema de ensino superior.
A Andes (sindicato nacional da categoria) convocou paralisação para amanhã e quinta, mas o movimento pode se estender: a entidade já votou em assembléia indicativo para greve por tempo indeterminado.

Reivindicações
O sindicato reivindica reajuste salarial de 48,65% e repudia o programa de incentivo à graduação lançado pelo governo.
Pelo programa, seriam distribuídas bolsas a uma parcela de professores com títulos acadêmicos que dêem aula na graduação.
A Andes pede que a medida provisória que criou o programa seja retirada.
"Não vamos retirar a medida, mas aceitamos sugestões para seu aperfeiçoamento. Se a universidade não foi contra bolsa de pesquisas do CNPq, por que vai ser contra as bolsas de graduação?", disse o ministro.
"Mesmo com a redução orçamentária, o número de bolsas de mestrado e doutorado em 98 é maior que em 97, nós procuramos preservar as bolsas", afirmou.
Na sexta-feira passada, diretores do sindicato se reuniram com Paulo Renato.

Salários
Eles saíram do encontro dizendo que a paralisação estava mantida porque o ministro se recusou a discutir aumento salarial.
"Não posso negociar salário. O problema do aumento é o mesmo problema do funcionalismo público. O governo vem ampliando os recursos para o sistema universitário e temos procurado outras alternativas", disse o ministro Paulo Renato Souza.



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