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Professor universitário ameaça
fazer greve a partir de amanhã
da Sucursal de Brasília
O ministro da Educação, Paulo
Renato Souza, afirmou ontem que
uma eventual greve de professores
universitários iria prejudicar o
funcionamento do sistema de ensino superior.
A Andes (sindicato nacional da
categoria) convocou paralisação
para amanhã e quinta, mas o movimento pode se estender: a entidade já votou em assembléia indicativo para greve por tempo indeterminado.
Reivindicações
O sindicato reivindica reajuste
salarial de 48,65% e repudia o programa de incentivo à graduação
lançado pelo governo.
Pelo programa, seriam distribuídas bolsas a uma parcela de professores com títulos acadêmicos
que dêem aula na graduação.
A Andes pede que a medida provisória que criou o programa seja
retirada.
"Não vamos retirar a medida,
mas aceitamos sugestões para seu
aperfeiçoamento. Se a universidade não foi contra bolsa de pesquisas do CNPq, por que vai ser contra as bolsas de graduação?", disse
o ministro.
"Mesmo com a redução orçamentária, o número de bolsas de
mestrado e doutorado em 98 é
maior que em 97, nós procuramos
preservar as bolsas", afirmou.
Na sexta-feira passada, diretores
do sindicato se reuniram com
Paulo Renato.
Salários
Eles saíram do encontro dizendo
que a paralisação estava mantida
porque o ministro se recusou a
discutir aumento salarial.
"Não posso negociar salário. O
problema do aumento é o mesmo
problema do funcionalismo público. O governo vem ampliando
os recursos para o sistema universitário e temos procurado outras
alternativas", disse o ministro
Paulo Renato Souza.
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