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Advogado minimiza depoimento da mãe
Para defensor do pai e da madrasta de Isabella, afirmação de Ana Oliveira sobre envolvimento do casal com morte não é acusação
Sobre dificuldades de convivência, o advogado disse que, em geral, "as relações entre esposa e
ex-esposa são difíceis"
DO "AGORA"
DA REPORTAGEM LOCAL
A defesa do casal Alexandre
Nardoni e Anna Jatobá tentou
ontem minimizar o depoimento dado à polícia por Ana Oliveira, mãe de Isabella, sobre o
suposto envolvimento do casal
na morte da menina.
"Não vemos o testemunho da
mãe de Isabella como uma acusação formal. Todas as pessoas
que estiveram presentes no local [edifício London] após a
queda podem ser consideradas
envolvidas na situação", disse
Marco Polo Levorin, que lidera
o trio de advogados do casal.
Quanto ao relato da mãe de
Isabella sobre os problemas de
convivência com Anna Jatobá,
o advogado disse que, em geral,
"as relações entre esposa e ex-esposa são difíceis".
Para Levorin, "é preciso levar
em consideração o histórico de
quase seis anos de relação entre
Isabella, Alexandre, Anna Jatobá e os irmãos da criança, no
qual não há notícias de agressões contra a menina".
A defesa do casal afirma, desde o início do caso, em 29 de
março, que os clientes deles
não tiveram participação no
crime que vitimou Isabella.
Protocolo
Os advogados de Nardoni e
Anna Jatobá protocolaram ontem uma petição no 2º Tribunal do Júri de Santana (zona
norte de SP) para pedir a ampliação nas investigações.
O documento formaliza a estratégia de desqualificar os argumentos da polícia de que o
casal foi o autor do crime.
Levorin não revelou detalhes
do pedido, mas relatou que ele
tem relação com a "vulnerabilidade" do prédio onde Isabella
foi arremessada do 6º andar e
"distorções" nas investigações.
Essa petição foi uma das primeiras medidas tomadas após
os dois dias de reunião entre
advogados e família para traçar
estratégias de defesa.
Segundo a Folha apurou, a
defesa alegará que a polícia falhou na apuração e que essas
falhas prejudicaram a produção de prova em favor do casal.
Os advogados têm reunido
declarações de delegados e promotores a fim de mostrar que
desde o início há uma predisposição contra o casal.
Outra linha, já em execução,
é levar para depor o maior número de testemunhas que, dizem, possam demonstrar ser
possível ter havido uma terceira pessoa no local do crime.
A defesa também vai enfatizar a informação dada por um
pedreiro (de um sobrado em
obras nos fundos do edifício)
de que um portão foi arrombado na noite do crime.
Ontem, a Folha informou
que a polícia está convicta de
que Nardoni jogou a filha após
a madrasta ter tentado asfixiá-la. A defesa nega. Argumenta
que os laudos periciais não estão concluídos.
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