São Paulo, quinta-feira, 17 de abril de 2008

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MEDICAMENTOS

Governo assina contrato para fábrica de hemoderivados

RICARDO WESTIN
DA REPORTAGEM LOCAL

O governo de São Paulo e um consórcio de construtoras assinam hoje o contrato para a construção da primeira fábrica de medicamentos derivados do sangue da América Latina. As obras começam nas próximas semanas, e a inauguração está prevista para o final de 2009.
A nova fábrica funcionará na cidade de São Paulo, dentro do Instituto Butantan, ligado ao governo estadual e maior pesquisador e produtor de soros e vacinas do país.
Os medicamentos derivados do sangue são usados no tratamento de hemofilia, difteria, raiva, infecções, pneumonia e queimaduras graves, entre outros problemas.
Praticamente todos os hemoderivados consumidos no Brasil são importados. Por ano, o Ministério da Saúde, Estados e hospitais privados gastam em torno de US$ 400 milhões para obtê-los de países como França, Inglaterra e Estados Unidos.
Por ser público, o Butantan venderá os hemoderivados a preços muitos mais baixos que os cobrados pelas empresas estrangeiras.
Segundo o diretor do Butantan, Otávio Mercadante, as obras custarão ao governo paulista perto de R$ 60 milhões. Ainda não se sabe exatamente o valor dos equipamentos.
Mercadante diz que o Ministério da Saúde ajudará na compra do material. "Os hemoderivados são estratégicos para o país", afirma.
A fábrica em São Paulo será o primeiro de dois passos para a auto-suficiência brasileira em hemoderivados. O Brasil deixará de depender do exterior em 2010, quando o governo federal pretende inaugurar em Pernambuco a estatal Hemobrás.
O ministério e o Butantan firmaram há dois anos um compromisso para que os trabalhos dos dois laboratórios não sejam concorrentes. "Vamos somar esforços", diz o presidente da Hemobrás, João Paulo Baccara.
O contrato para a construção da fábrica será assinado hoje -Dia Mundial da Hemofilia- pelo governador José Serra (PSDB), pelo secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, e por representantes das empresas TEP, Paulo Octávio e Squadro.


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