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MEDICAMENTOS
Governo assina contrato para fábrica de hemoderivados
RICARDO WESTIN
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo de São Paulo e
um consórcio de construtoras assinam hoje o contrato
para a construção da primeira fábrica de medicamentos
derivados do sangue da América Latina. As obras começam nas próximas semanas,
e a inauguração está prevista
para o final de 2009.
A nova fábrica funcionará
na cidade de São Paulo, dentro do Instituto Butantan, ligado ao governo estadual e
maior pesquisador e produtor de soros e vacinas do país.
Os medicamentos derivados do sangue são usados no
tratamento de hemofilia, difteria, raiva, infecções, pneumonia e queimaduras graves,
entre outros problemas.
Praticamente todos os hemoderivados consumidos no
Brasil são importados. Por
ano, o Ministério da Saúde,
Estados e hospitais privados
gastam em torno de US$ 400
milhões para obtê-los de países como França, Inglaterra
e Estados Unidos.
Por ser público, o Butantan venderá os hemoderivados a preços muitos mais baixos que os cobrados pelas
empresas estrangeiras.
Segundo o diretor do Butantan, Otávio Mercadante,
as obras custarão ao governo
paulista perto de R$ 60 milhões. Ainda não se sabe exatamente o valor dos equipamentos.
Mercadante diz que o Ministério da Saúde ajudará na
compra do material. "Os hemoderivados são estratégicos para o país", afirma.
A fábrica em São Paulo será o primeiro de dois passos
para a auto-suficiência brasileira em hemoderivados. O
Brasil deixará de depender
do exterior em 2010, quando
o governo federal pretende
inaugurar em Pernambuco a
estatal Hemobrás.
O ministério e o Butantan
firmaram há dois anos um
compromisso para que os
trabalhos dos dois laboratórios não sejam concorrentes.
"Vamos somar esforços", diz
o presidente da Hemobrás,
João Paulo Baccara.
O contrato para a construção da fábrica será assinado
hoje -Dia Mundial da Hemofilia- pelo governador
José Serra (PSDB), pelo secretário estadual de Saúde,
Luiz Roberto Barradas Barata, e por representantes das
empresas TEP, Paulo Octávio e Squadro.
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