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Teresina utiliza aspirador para pegar mosquito
ESTELITA HASS CARAZZAI
DA AGÊNCIA FOLHA
Além de ter que escapar
de inseticidas e torcer para
encontrar água parada para colocar os ovos, o Aedes
aegypti piauiense corre o
risco de ser "sugado" em
pleno voo por um aspirador de combate à dengue.
Em uso desde 2008, o
aspirador de mosquitos
pode parecer esdrúxulo,
mas já ajudou a reduzir a
incidência da dengue em
quase 85% em Teresina.
O trunfo do projeto é o
combate ao mosquito
adulto sem o uso do inseticida conhecido como "fumacê". Com o aspirador, o
mosquito é capturado sem
dano ao meio ambiente.
Além disso, pode ser usado
mesmo se não houver casos de dengue -ao contrário do inseticida, cuja aplicação só é permitida em
casos emergenciais.
"Nós nos adiantamos
aos casos", diz o professor
da USP Almério de Castro,
um dos coordenadores do
programa. Castro diz que
ainda não é possível atribuir a queda da doença ao
aspirador, mas destaca alguns resultados relevantes, como a queda imediata do número de casos.
A proposta de Teresina
vai na contramão do que é
feito hoje pelo Ministério
da Saúde, que estabelece o
combate aos criadouros
como principal forma de
eliminar o mosquito.
Para Castro, a premissa
do ministério é correta,
mas não tem sido suficiente. "A cada dois, três anos
temos epidemia. Não queremos abandonar o plano
[do ministério], mas mostrar que pode ser melhor."
O aspirador de Aedes só
é aplicado nos bairros
mais infestados, escolhidos de acordo com o Índice de Infestação por Adultos. Também pioneiro, esse indicador é calculado
pelo número de mosquitos presos em armadilhas.
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