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Benedita descarta força-tarefa
DA SUCURSAL DO RIO
A proposta do ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior, de criar
uma força-tarefa envolvendo Forças Armadas e Polícia Federal
com as polícias estaduais para
combater o crime organizado no
Rio desagradou a governadora
Benedita da Silva (PT), que à noite, por meio da Coordenadoria de
Comunicação Social, divulgou
nota sobre o assunto: "Não será
criada nenhuma força-tarefa".
À tarde, ao receber ontem um
telefonema do ministro, a governadora limitou-se a dizer que estudaria a idéia. "Eu agradeci ao
ministro, mas, no momento, ainda não temos essa política determinada. Se houver alguma necessidade, nós buscaremos", afirmou a governadora, acrescentando que o Estado, por enquanto,
"trabalha com a Polícia Civil e a
Polícia Militar".
A força-tarefa também não foi
bem vista pelo secretário estadual
de Segurança Pública, Roberto
Aguiar, que fez questão de salientar que ela só será aceita "se estiver sob o nosso comando".
"Se for comandada pela Superintendência da Polícia Federal,
ela será uma invasão federativa,
um ato inconstitucional. Agradecemos a solidariedade do governo
federal, mas ainda vamos discutir
o assunto", disse Aguiar.
Ele criticou a participação das
Forças Armadas no combate ao
crime organizado. A governadora
reafirmou que está tomando todas as providências para solucionar o atentado contra o prédio da Secretaria de Direitos Humanos.
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