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SAÚDE
Lei é de São José dos Campos
Ministério contesta veto à pílula pós-sexo
FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
O Ministério da Saúde vai entrar
na Justiça contra a lei aprovada no
último dia 5 pela Câmara de São
José dos Campos (91 km de SP)
que proíbe a distribuição da chamada pílula do dia seguinte na rede municipal.
Segundo nota divulgada pelo
ministério, uma ação civil pública
será encaminhada hoje à Justiça
Federal por meio da AGU (Advocacia Geral da União). A determinação foi do próprio ministro
Humberto Costa.
Na ação, o ministério sustenta
que a lei aprovada é inconstitucional, sob alegação de que a
competência para instituir políticas públicas nacionais de saúde é
do Ministério da Saúde.
A Folha não conseguiu localizar
o presidente da Câmara, Dilermando de Alvarenga (PSDB).
O contraceptivo de emergência
conhecido como pílula do dia seguinte age inibindo a gravidez e é
indicado em casos de estupro ou
quando houve falha do método
anticoncepcional convencional.
A proibição em São José dos
Campos foi aprovada depois que
os vereadores derrubaram o veto
do prefeito Eduardo Cury
(PSDB). A lei deve entrar em vigor nesta semana.
Os vereadores justificam que o
medicamento é abortivo e, por isso, inconstitucional, já que o
aborto é ilegal no país. A lei contou com o apoio da Igreja Católica, que chegou a promover manifestações pela aprovação da lei.
Vereadores de Taubaté e Pindamonhangaba também podem
proibir a distribuição da pílula.
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