São Paulo, domingo, 17 de junho de 2001

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Vendedor vira palhaço e emprega dez

Caio Guatelli/Folha Imagem
Amarildo Grugilio, o palhaço "Xulé", que já pensa em novo empréstimo para montar um pequeno circo


DA REPORTAGEM LOCAL

Quando era criança, Amarildo Grugilio, 33, sonhava ser ator. Mas a necessidade de trabalhar impediu que ele se dedicasse ao teatro na pequena Tupã (524 km a noroeste de São Paulo) e o empurrou para o comércio.
Na praça, foi vendedor de quase tudo -eletrodomésticos, roupas, artigos esportivos e sapatos.
A oportunidade de seguir alguma coisa mais próxima da carreira sonhada veio tão repentinamente quanto foi embora: Grugilio foi convidado por uma empresária para ser o palhaço de sua empresa de recreação infantil e animação de festas. Aceitou.
Durante a semana, vendia sapatos. Nos finais de semana, encarnava o palhaço "Xulé". Mas, três anos depois, a empresária deixou a cidade, levando consigo as roupas e os brinquedos do "Xulé".
Grugilio ainda vendia sapatos e quase desistiu da carreira de palhaço, mas foi incentivado por mães da cidade que queriam contratar seus serviços. Passou, então, a fazer festinhas eventualmente, até que decidiu investir.
Pediu demissão da loja de sapatos e procurou uma linha de microcrédito. Com o dinheiro da rescisão e dos R$ 1.400 que tomou emprestado comprou uma Kombi para carregar brinquedos e um castelo pula-pula.
Hoje, a "Xulé Festa" emprega dez recreacionistas. Grugilio mora em uma casa própria e já pensa em um novo empréstimo para comprar um pequeno circo. (SC)



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