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Plantão Médico
Perda auditiva e envelhecimento
JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA
Com relativa freqüência, é
observada a dificuldade de entendimento de um idoso em
uma simples conversação. E a
impressão do interlocutor é
isso estar relacionado a problema de compreensão, e não
a uma dificuldade auditiva.
Esta dificuldade auditiva
associada ao envelhecimento
é a presbiacusia -a perda de
habilidade em perceber ou
discriminar sons, que faz parte do envelhecimento.
A "Revista Brasileira de
Otorrinolaringologia" de janeiro/fevereiro deste ano publica trabalho original de pesquisa sobre a evolução da perda auditiva no decorrer do envelhecimento, de Giovana dos
Santos Baraldi e colaboradores da EPM/Unifesp (Laís
Castro de Almeida e Alda
Cristina de Carvalho Borges).
Para as autoras, ela afeta
60% de todas as pessoas acima dos 65 anos e é resultante
da degeneração fisiológica
provocada por ruídos e agentes ototóxicos. O estudo avaliou 211 idosos e mostrou que,
com o avanço da idade, há um
aumento gradual da perda auditiva, com os homens apresentando pior desempenho
que as mulheres.
No mesmo número da revista, Renato Peixoto Veras e
Leila Couto Mattos, da Uerj
(Universidade do Estado do
Rio de Janeiro), fazem uma
revisão da literatura médica
sobre este problema. Destacam que os serviços de saúde
da rede pública devem desenvolver programas de diagnóstico, aquisição dos conhecidos
aparelhos para surdez (de amplificação sonora individual) e
reeducação auditiva para os
idosos para que eles possam
participar de relações sociais
e manter a qualidade de vida.
julio@uol.com.br
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