São Paulo, domingo, 17 de junho de 2007

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Plantão Médico

Perda auditiva e envelhecimento

JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA

Com relativa freqüência, é observada a dificuldade de entendimento de um idoso em uma simples conversação. E a impressão do interlocutor é isso estar relacionado a problema de compreensão, e não a uma dificuldade auditiva.
Esta dificuldade auditiva associada ao envelhecimento é a presbiacusia -a perda de habilidade em perceber ou discriminar sons, que faz parte do envelhecimento.
A "Revista Brasileira de Otorrinolaringologia" de janeiro/fevereiro deste ano publica trabalho original de pesquisa sobre a evolução da perda auditiva no decorrer do envelhecimento, de Giovana dos Santos Baraldi e colaboradores da EPM/Unifesp (Laís Castro de Almeida e Alda Cristina de Carvalho Borges).
Para as autoras, ela afeta 60% de todas as pessoas acima dos 65 anos e é resultante da degeneração fisiológica provocada por ruídos e agentes ototóxicos. O estudo avaliou 211 idosos e mostrou que, com o avanço da idade, há um aumento gradual da perda auditiva, com os homens apresentando pior desempenho que as mulheres.
No mesmo número da revista, Renato Peixoto Veras e Leila Couto Mattos, da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), fazem uma revisão da literatura médica sobre este problema. Destacam que os serviços de saúde da rede pública devem desenvolver programas de diagnóstico, aquisição dos conhecidos aparelhos para surdez (de amplificação sonora individual) e reeducação auditiva para os idosos para que eles possam participar de relações sociais e manter a qualidade de vida.

julio@uol.com.br


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