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BRUNO FLORENZANO (1914-2009)
Enxadrista e último combatente de 32 em Bragança
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
O professor Bruno Florenzano, ainda criança, encantou-se por reis, rainhas, bispos, cavalos, torres e peões.
Aos sete, o tabuleiro entrou
em sua vida: teve seu primeiro contato com o xadrez.
Nascido em Lorena, a 198
km de São Paulo, viveu em várias cidades: além da capital,
morou em Bariri, Nova Europa, Piratininga e Bragança
Paulista, todas em SP. O motivo de tanta mudança foi profissional: Bruno era professor
primário e foi diretor de algumas escolas.
Em Bragança, onde viveu
por 52 anos, era o último
combatente da Revolução de
32 ainda vivo. No ano passado, foi homenageado na cidade, durante as festividades de
9 de Julho: soltou pombas
num ato simbólico pela paz.
Na cidade que adotou,
abriu -além de uma papelaria- um clube do xadrez, onde ensinava aos mais novos
algumas jogadas. Participou
de campeonatos paulistas,
brasileiros, sul-americanos e
pan-americanos.
Nos últimos tempos, com
dificuldades de locomoção,
trocou o tabuleiro físico por
um digital, revela o filho Marco. "Ele disputava partidas
pela internet, com jogadores
na Espanha", conta.
Aposentado desde 1971,
ainda era consultado por alunos com dúvidas. Morreu
quinta, aos 95, de problemas
no intestino. Teve três filhos,
dez netos e 11 bisnetos.
obituario@grupofolha.com.br
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