São Paulo, quarta-feira, 17 de junho de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

BRUNO FLORENZANO (1914-2009)

Enxadrista e último combatente de 32 em Bragança

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

O professor Bruno Florenzano, ainda criança, encantou-se por reis, rainhas, bispos, cavalos, torres e peões.
Aos sete, o tabuleiro entrou em sua vida: teve seu primeiro contato com o xadrez.
Nascido em Lorena, a 198 km de São Paulo, viveu em várias cidades: além da capital, morou em Bariri, Nova Europa, Piratininga e Bragança Paulista, todas em SP. O motivo de tanta mudança foi profissional: Bruno era professor primário e foi diretor de algumas escolas.
Em Bragança, onde viveu por 52 anos, era o último combatente da Revolução de 32 ainda vivo. No ano passado, foi homenageado na cidade, durante as festividades de 9 de Julho: soltou pombas num ato simbólico pela paz.
Na cidade que adotou, abriu -além de uma papelaria- um clube do xadrez, onde ensinava aos mais novos algumas jogadas. Participou de campeonatos paulistas, brasileiros, sul-americanos e pan-americanos.
Nos últimos tempos, com dificuldades de locomoção, trocou o tabuleiro físico por um digital, revela o filho Marco. "Ele disputava partidas pela internet, com jogadores na Espanha", conta.
Aposentado desde 1971, ainda era consultado por alunos com dúvidas. Morreu quinta, aos 95, de problemas no intestino. Teve três filhos, dez netos e 11 bisnetos.

obituario@grupofolha.com.br


Texto Anterior: Mortes
Próximo Texto: PM na USP é atentado, diz Antonio Candido
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.