São Paulo, sexta-feira, 17 de junho de 2011 |
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Edmundo é solto 1 dia após prisão em SP Ex-jogador consegue na Justiça um habeas corpus e é libertado, após passar a noite e o dia de ontem na delegacia Atacante foi condenado em 1999 a quatro anos e meio de prisão em regime semiaberto por um acidente de carro
DO RIO DE SÃO PAULO Após passar a noite e o dia de ontem preso, o ex-jogador Edmundo Alves de Souza Neto, 40, conseguiu à tarde um habeas corpus e foi solto por volta das 19h de ontem. A decisão da desembargadora da 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, Rosita Maria Netto, ocorreu minutos antes de policiais do Rio chegarem à 3ª Delegacia Seccional Oeste, em São Paulo, para levar o ex-jogador. A desembargadora alegou que, como ainda cabem recursos à condenação, houve ilegalidade na prisão. Edmundo passou a noite numa sala da delegacia. De manhã, foi transferido para uma cela pequena. Enquanto esperava ser solto, leu uma reportagem sobre "O Prisioneiro 61727054", livro que conta a história do investidor Bernard Madoff, preso por fraude. Edmundo foi condenado em 1999 a quatro anos e meio de prisão em semiaberto por um acidente em 1995, que matou três pessoas. Dois dias após o acidente, o ex-jogador afirmou que foi cortado pelo outro carro. "Tentei frear, mas foi tudo muito rápido." Ontem, ele não falou com jornalistas. Além de tentar reduzir a pena, seu advogado, Arthur Lavigne, alega que o crime prescreveu em 5 de março deste ano, quando a sentença completou 12 anos. Mas o juiz Carlos Eduardo Carvalho, da Vara de Execuções Penais do TJ do Rio, entende que crime só prescreve em 5 de outubro, quando completará 12 anos da detenção por um dia do ex-atleta. O Código Penal estabelece que, quando ainda não há uma sentença definitiva, o prazo de prescrição é contado a partir do dia do crime. Mas o prazo é interrompido em alguns casos, como quando o réu começa a cumprir a pena -o que aconteceu com Edmundo em outubro de 1999, quando ele passou um dia preso. Neste caso, dizem advogados ouvidos pela Folha, a contagem é zerada e o prazo volta a correr quando o réu é solto. Desta forma, o crime de Edmundo não estaria ainda prescrito. A questão costuma, no entanto, ser alvo de vários recursos. Texto Anterior: Benito Maresca (1934-2011): Um grande tenor de sua geração Próximo Texto: Opinião: Prescrição da pena confere segurança jurídica a cidadãos Índice | Comunicar Erros |
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