São Paulo, domingo, 17 de julho de 2011

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Helicóptero é usado para ir à balada e ao pet shop

Além das viagens de negócio, meio de transporte se torna útil no lazer

Piloto conta que mulher já chegou a mandar aeronave buscar cão em Maresias para levá-lo ao veterinário em SP

ELIANE TRINDADE
DE SÃO PAULO

Um empresário vai com o próprio helicóptero para a casa de praia em Ilhabela (litoral de SP) no fim de semana. Na noite de sábado, decide comer pizza e manda o piloto buscá-la em sua pizzaria preferida. Em São Paulo.
Quatro amigos passam férias na ilha do Papagaio, em Santa Catarina. Na hora da balada, fretam um helicóptero para ir até Jurerê Internacional, point de famosos.
Os dois casos exemplificam bem a popularização desse meio de transporte. Antes a serviço de executivos, as aeronaves são agora utilizadas, por gente abastada, corriqueiramente.
"Na alta temporada fazemos uma média de seis voos diários para VIPs que optam pelo helicóptero para ir do aeroporto até as pousadas e hotéis de luxo da região e até mesmo para chegar às baladas", relata Santiago Edo, gerente da Helisul.
A empresa fez o fretamento para os jovens em Santa Catarina. O serviço custa entre R$ 1.400 e R$ 2.000, por trecho. "Com direito a champanhe, já que se livraram da Lei Seca", diz Edo.
Em São Paulo, 50 vips aterrissaram, literalmente, na última edição do Skol Sensation, em junho, no Anhembi.
Por R$ 1.900, jantaram na Villa Daslu (zona oeste), subiram ao heliponto e foram para o Campo de Marte (zona norte). De lá, foram de limusine até o evento.

MENSALIDADE
O consultor jurídico Sérgio Alcebíades, 49, usa boa parte das 20 horas mensais que contrata da Helimarte, por R$ 30 mil, para o lazer.
Assim, pelo ar, foi ao aniversário de um amigo num haras em Campos do Jordão (181 km de SP). "Além da praticidade e da comodidade de voltar no mesmo dia, tem todo um glamour chegar ao evento de helicóptero", diz.
Sérgio presenteou a irmã com um transfer de helicóptero até seu casamento, na serra da Cantareira (zona norte). "Foi incrível descer de noiva no meio dos convidados", diz Síntia Leal, 29.
O piloto Jorge Bitar Neto, da Helimarte, que conduziu a noiva, festeja a popularização do uso de suas máquinas voadoras. "Já fui deixar e buscar muita gente em raves, que, em geral, acontecem em locais de difícil acesso."
Há casos folclóricos nos hangares do Campo de Marte. Como o da milionária que mandou o cão para o veterinário de helicóptero.
Dona da aeronave, ela estava em Maresias (litoral norte) e viu o cãozinho comer a marmita de seu segurança.
"Ela mandou o piloto voltar imediatamente a São Paulo para fazer exames no pet", relata um piloto, que pede para não ser identificado.


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