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"Eles só queriam os malotes"
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA
O engenheiro eletricista Geovani Fonseca, 45, um dos passageiros do vôo 280 da Vasp, disse que
os passageiros e tripulantes passaram por dois momentos de "terror" durante o assalto. Primeiro
quando foi disparado um tiro e
depois quando um turista chinês,
apavorado, tentou abrir a porta
da saída de emergência.
O engenheiro embarcou em Foz
do Iguaçu. Ele iria para Curitiba
para tratar de negócios.
"Achou muito estranho que
cinco homens armados tenham
conseguido entrar no avião", disse. Leia os principais trechos da
entrevista.
(JOSÉ MASCHIO)
Folha - Quando você percebeu o
assalto?
Geovani Fonseca - Dez minutos
após a decolagem.
Folha - Como isso aconteceu?
Fonseca - Eles vieram do fundo
do avião. Eu só vi cinco e todos estavam de capuz. Percebi o barulho de um tiro e os homens anunciando o assalto. O que parecia ser
o líder disse para que ninguém se
preocupasse pois eles só queriam
o dinheiro que estaria no avião.
Ele pediu à aeromoça para acalmar os passageiros estrangeiros e
informar que o tiro teria sido um
acidente. Ele falava em português
e aparentava estar calmo.
Folha - Eles sabiam do dinheiro?
Fonseca - Tanto sabiam que pediram para o funcionário da empresa de valores se identificar. Ele
entregou uma papelada e o que
seria o líder olhou os papéis e disse: "Que droga! Tudo isso só por
R$ 5 milhões".
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