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GUERRA SEM TRINCHEIRA
Quatro PMs ficaram feridos na ação; anteontem, seis supostos traficantes haviam sido mortos na região
Polícia mata mais três em favela do Rio
TALITA FIGUEIREDO
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Três supostos traficantes morreram e quatro policiais militares
ficaram feridos durante trocas de
tiros, na manhã de ontem, na favela Roquete Pinto, localizada no
complexo da Maré, zona norte do
Rio de Janeiro.
Foi o segundo incidente com
mortes entre policiais e traficantes na região. No domingo, outros
seis supostos traficantes já tinham
sido mortos no conjunto Esperança, localizado no mesmo complexo, em confronto com PMs.
De acordo com a polícia, o tiroteio de ontem aconteceu por volta
das 5h30, quando um comboio
com quatro carros policiais abordava dois homens que estavam
em uma motocicleta. Nesse instante, os policiais dizem que foram atacados a tiros pelos traficantes da favela.
A ação ocorreu na avenida Brasil (uma das principais vias de
acesso ao Rio de Janeiro), na altura do piscinão de Ramos, vizinho
à favela Roquete Pinto.
O soldado Wellington Flávio
Tavares foi atingido por três tiros
(na mão, na perna e nas nádegas).
Ele não corre risco de morte.
Durante o tiroteio, os policiais
solicitaram reforço. A PM iniciou
então uma incursão na favela.
Quando estavam próximos ao
Posto de Policiamento Comunitário da favela Roquete Pinto, houve novo confronto. Três supostos
traficantes foram baleados. Eles
foram levados para o Hospital Geral de Bonsucesso, na zona norte
da cidade, onde morreram.
O tenente Sandro Jesus Lima do
Nascimento e os soldados Renildo Lopes dos Santos e Marcelo
Giovani Silva também foram atingidos por disparos. Eles receberam atendimento no Hospital Geral da Polícia Militar.
Apreensão
Durante a incursão na favela depois do confronto, a Polícia Militar diz ter apreendido duas granadas, duas pistolas, munição para
fuzil e pistola, dois carregadores
de fuzil e drogas. Dois carros que
tinham sido roubados foram recuperados na Roquete Pinto.
O policiamento em todo o complexo foi reforçado para evitar
manifestações de moradores.
Na noite de sábado, o pastor
evangélico Antônio Carlos Rosa,
54, foi vítima de uma bala perdida
quando dirigia na avenida Brasil,
próximo à favela Vila do João (no
mesmo complexo da Maré). Segundo a polícia, ele foi atingido
quando traficantes faziam disparos contra um carro da PM que fica parado diante da Vila do João.
No domingo à tarde, seis pessoas foram mortas no conjunto
Esperança, também na Maré, em
uma operação da polícia para localizar os autores dos disparos
que mataram o pastor.
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