|
Texto Anterior | Índice
AVIAÇÃO
Passageiros aprovam novas instalações no aeroporto, liberadas no domingo, mas citam confusão nas informações
Usuários elogiam reforma em Congonhas
DA REPORTAGEM LOCAL
De tanto viajar pelo aeroporto
de Congonhas, na zona sul de São
Paulo, a médica dermatologista
Edna Matta, 54, sente-se praticamente em casa no local. Ainda assim, ontem ela ficou um pouco
confusa na hora do embarque: no
check in, avisaram que deveria
entrar no portão 22. No visor do
aeroporto, no entanto, o portão
anunciado era o 21. Até que, pelo
alto-falante, ela soube que embarcaria pelo portão 5.
"Vi gente reclamando, meio
perdida, mas eu acho que esses
probleminhas são naturais nesse
período de adaptação", afirma a
dermatologista, referindo-se às
novas instalações do aeroporto,
inauguradas anteontem.
O embarque agora é feito no
primeiro andar. Ali foi construída
uma sala de espera com 7.100 m2
-a anterior tinha 2.950 m2. A sala
está ligada a oito pontes de embarque, passarelas que lembram
uma sanfona e levam os passageiros diretamente do saguão à aeronave, como ocorre no aeroporto
de Guarulhos. "São mudanças
importantes que um aeroporto
desse porte precisa ter", diz ela.
Assim como a médica, a maioria dos passageiros ouvidos pela
Folha relevou as falhas encontradas no aeroporto ao falar da reforma, que custou R$ 42 milhões.
"Claro que durante as obras
houve alguns transtornos e que a
sinalização da nova parte ainda é
deficiente, mas a gente tem que
ter paciência pois essas mudanças
vão melhorar muito o aeroporto",
disse o jornalista Fernando Assis,
34, que anteontem havia utilizado
o novo embarque de Congonhas
e, ontem, já desembarcava novamente em São Paulo. "Ficou muito melhor", disse.
"Dá para ver que a reforma ainda não terminou, ainda têm uns
tapumes, mas está bem mais confortável", afirmou o empresário
Gilmar Batista de Sousa.
A Infraero (Empresa Brasileira
de Infra-Estrutura Aeroportuária) colocou um balcão de informações no centro do novo saguão
de embarque para orientar os
passageiros. Segundo a assessoria
do órgão, alguns aspectos, como a
nova sinalização, serão aprimorados a partir do levantamento dos
principais problemas enfrentados
pelos usuários. No primeiro dia
útil após as reformas, a Infraero
informou que o funcionamento
no aeroporto foi normal.
A segunda fase da reforma está
em processo de licitação e prevê a
construção de mais quatro pontes
de embarque, elevadores, escadas
rolantes e quiosques de check in,
que passarão de 77 para 92.
Texto Anterior: Violência: Policial é morto ao reagir a um seqüestro relâmpago Índice
|