São Paulo, terça-feira, 17 de agosto de 2004

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AVIAÇÃO

Passageiros aprovam novas instalações no aeroporto, liberadas no domingo, mas citam confusão nas informações

Usuários elogiam reforma em Congonhas

DA REPORTAGEM LOCAL

De tanto viajar pelo aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, a médica dermatologista Edna Matta, 54, sente-se praticamente em casa no local. Ainda assim, ontem ela ficou um pouco confusa na hora do embarque: no check in, avisaram que deveria entrar no portão 22. No visor do aeroporto, no entanto, o portão anunciado era o 21. Até que, pelo alto-falante, ela soube que embarcaria pelo portão 5.
"Vi gente reclamando, meio perdida, mas eu acho que esses probleminhas são naturais nesse período de adaptação", afirma a dermatologista, referindo-se às novas instalações do aeroporto, inauguradas anteontem.
O embarque agora é feito no primeiro andar. Ali foi construída uma sala de espera com 7.100 m2 -a anterior tinha 2.950 m2. A sala está ligada a oito pontes de embarque, passarelas que lembram uma sanfona e levam os passageiros diretamente do saguão à aeronave, como ocorre no aeroporto de Guarulhos. "São mudanças importantes que um aeroporto desse porte precisa ter", diz ela.
Assim como a médica, a maioria dos passageiros ouvidos pela Folha relevou as falhas encontradas no aeroporto ao falar da reforma, que custou R$ 42 milhões.
"Claro que durante as obras houve alguns transtornos e que a sinalização da nova parte ainda é deficiente, mas a gente tem que ter paciência pois essas mudanças vão melhorar muito o aeroporto", disse o jornalista Fernando Assis, 34, que anteontem havia utilizado o novo embarque de Congonhas e, ontem, já desembarcava novamente em São Paulo. "Ficou muito melhor", disse.
"Dá para ver que a reforma ainda não terminou, ainda têm uns tapumes, mas está bem mais confortável", afirmou o empresário Gilmar Batista de Sousa.
A Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) colocou um balcão de informações no centro do novo saguão de embarque para orientar os passageiros. Segundo a assessoria do órgão, alguns aspectos, como a nova sinalização, serão aprimorados a partir do levantamento dos principais problemas enfrentados pelos usuários. No primeiro dia útil após as reformas, a Infraero informou que o funcionamento no aeroporto foi normal.
A segunda fase da reforma está em processo de licitação e prevê a construção de mais quatro pontes de embarque, elevadores, escadas rolantes e quiosques de check in, que passarão de 77 para 92.


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