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Casos de gripe caem no RS, mas municípios adiam aula
Casos novos caíram de 848 na última semana de julho para 640 na 1ª semana de agosto
No sábado, 23 cidades gaúchas decidiram manter as férias até 1º de setembro; São Paulo, Rio e Paraná retomam as aulas hoje
GRACILIANO ROCHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Na véspera da volta às aulas
nas escolas públicas e privadas
do Rio Grande do Sul, o secretário estadual de Saúde, Osmar
Terra, informou que os novos
casos de gripe suína estão caindo. Mesmo assim, 23 municípios decidiram manter as férias
na rede municipal até o começo
de setembro, como prevenção
contra a doença.
Terra disse que não há estudos que comprovem a eficácia
da prorrogação das férias para
conter a disseminação da gripe.
Em São Paulo e no Rio, infectologistas já tinham relatado
indícios de queda no número
de novas contaminações.
Segundo Terra, na última semana de julho o RS registrou
848 novos casos. Na primeira
semana de agosto, 640.
"O dado da última semana
ainda não foi totalmente consolidado, mas é animador. Não
deve ultrapassar 400 novos casos", disse o secretário. "Há
uma tendência de queda sustentada", afirmou ele.
Desde o final de julho, o número de pessoas internadas em
UTIs por causa da gripe também estabilizou em 280.
"Aparentemente há uma
parcela da população mais suscetível ao vírus, que já foi contaminada, e agora começa o declínio de novos casos. Foi o que
ocorreu também na Argentina
e no Uruguai", declarou Terra.
Ele afirma, porém, que o número de mortes deve continuar
subindo porque ainda não ficaram prontos os exames de todas as pessoas que morreram
com sintomas de gripe -no Estado, foram 70 óbitos confirmados até agora; no país, até
ontem, eram 339, segundo secretarias estaduais.
Na semana passada, infectologistas afirmaram à Folha que
há indícios de que São Paulo e
Rio de Janeiro podem já ter
chegado ao pico epidêmico da
gripe A (H1N1). A tendência,
segundo eles, é de uma redução
gradual no número de novos
casos daqui para frente.
Segundo o infectologista David Uip, diretor do Instituto
Emílio Ribas, em São Paulo, ao
longo dos últimos dias o pronto-socorro do hospital registrou uma queda de 28% nos
atendimentos diários. Ele próprio adverte, porém, que a redução pode dever-se a outros
fatores, como a oferta de antivirais fora da rede oficial.
No RJ, a queda nos atendimentos foi de 20%.
Volta às aulas
Nesta segunda, mais de 1,5
milhão de estudantes deverão
voltar às salas de aula no Rio
Grande do Sul, menos nas 23
cidades pertencentes à Associação dos Municípios da Zona
Sul do Rio Grande do Sul, que
decidiram, no sábado, adiar para o dia 1º de setembro o retorno nas escolas municipais.
A decisão, diz a associação,
foi embasada em um estudo
que contraria o que foi anunciado pelo secretário estadual.
De acordo com o secretário
da Saúde de Pelotas, Francisco
Isaías, uma pesquisa do Centro
de Pesquisas Epidemiológicas
da Universidade Federal de Pelotas mostra que há um prognóstico de aumento de casos da
nova gripe nas duas últimas semanas de agosto.
As escolas da rede estadual
de São Paulo, Rio, Paraná e do
Rio Grande do Sul retomam as
aulas hoje. A rede particular
paulista também volta hoje.
Colaborou a Folha Online
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