São Paulo, quarta-feira, 17 de agosto de 2011

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Briga de trânsito termina em morte

Assustados com a violência, moradores de Botucatu fizeram diversas ligações à PM, que não chegou a tempo

Após acidente, irmãos que ocupavam um carro agrediram o motorista do outro, que buscou arma e matou um deles


JEAN-PHILIP STRUCK
DE SÃO PAULO

TATIANA SANTIAGO
DO "AGORA"

Uma briga de trânsito em Botucatu (240 km de SP) terminou com a morte de um servente de pedreiro na manhã de domingo.
A discussão ocorreu após os carros de Adriano Antônio da Silva, 28, e Jonas Braga de Albuquerque, 44, baterem. Ninguém se feriu no acidente, mas Adriano e seu irmão, Rodrigo Antônio da Silva, 20, passaram a agredir Albuquerque violentamente.
Mesmo ferido, Albuquerque correu até sua casa e pegou um revólver. Em seguida, voltou ao local e disparou três tiros contra Adriano, que foi socorrido, mas não resistiu. Seu irmão não se feriu.
Enquanto a confusão acontecia, moradores da rua ligaram para a polícia.
"Pelo amor de Deus. Houve um acidente de carro e o homem está matando o cara.
Tem que ser rápido, eles vão se matar", diz uma moradora para a atendente da PM.
Em outra ligação, um morador diz à atendente que está escutando tiros.
"Está escutando o tiro? Por favor, o cara está descarregando o revólver e todo mundo está na rua."
Segundo a PM, o carro de polícia levou só três minutos desde a primeira ligação para chegar ao local. No entanto, os policiais não chegaram a tempo de evitar a morte.
"Tivemos ligações que ocorreram concomitantemente. Assim que ocorreu a primeira ligação, a viatura já estava a caminho. Três minutos de resposta é um tempo considerado muito bom", afirmou Marcelo Amaral, subcomandante da PM em Botucatu, em entrevista a uma rede de televisão local.
Segundo o delegado Antenor Zequi, do 3º DP de Botucatu, Albuquerque, que está foragido, deve se apresentar hoje e vai responder sob acusação de homicídio doloso (quando há intenção de matar). Em entrevista à Rede Globo, sua mulher disse que ele agiu em legítima defesa.
Beatriz da Silva, 18, mulher de Adriano, estava no veículo com as filhas e diz que o marido perdeu o freio do carro. Segundo ela, o marido, que nunca foi briguento, reagiu a um soco.

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