São Paulo, terça-feira, 17 de setembro de 2002

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Celsinho escreve carta à Benedita

DA SUCURSAL DO RIO

Preso no quartel do CPI (Comando de Policiamento do Interior), o traficante Celso Luiz Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, escreveu uma carta para ser entregue à cúpula da área de segurança pública e à governadora do Rio, Benedita da Silva (PT). Na carta, ele pede para não voltar para Bangu, pois teme ser morto.
"Não podemos voltar para Bangu 1. O CV [Comando Vermelho] manda no presídio", escreveu Celsinho, para quem retornar a Bangu 1 será o mesmo que "condená-lo à morte".
Na carta, o criminoso lamenta a morte de Uê e dos outros três membros da ADA (Amigo dos Amigos). Ele tenta afastar as suspeitas de que teria traído a facção para se aliar a Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.
"Morreram quatro amigos e um saiu ferido. Morreríamos todos."
Apesar de líder de uma facção rival ao CV, Celsinho foi poupado pelos inimigos. Os advogados do traficante creditaram o fato ao bom relacionamento mantido por ele no cárcere. Segundo os advogados, Celsinho tratava bem os presos de outras facções, embora continue sendo um dos principais líderes da ADA.
Na carta, ele diz ainda "que o Estado tem a obrigação de zelar" pela sua segurança e a de outros presos transferidos.
O traficante critica a administração de Bangu 1. "Duas, três facções dentro de um presídio que se dizia de segurança máxima", afirma ele na carta.(MHM)


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