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ACIDENTE
Veículo de Prefeitura de Itatinga (SP) caiu em barranco; 18 se feriram
Ônibus capota e mata três universitárias em rodovia
THIAGO GUIMARÃES
DA AGÊNCIA FOLHA
Um ônibus da Prefeitura de Itatinga (221 km de São Paulo) que
transportava estudantes caiu em
uma ribanceira de 40 metros na
noite de anteontem. Três pessoas
morreram e 18 ficaram feridas.
O acidente aconteceu às 23h40,
no km 210,5 da rodovia SP-209
(Castelinho), em uma alça de
acesso à rodovia Castello Branco.
O motorista do ônibus, Márcio
Henrique Felisberto, 28, perdeu o
controle do veículo em uma curva. O ônibus capotou e caiu no
barranco de cerca de 40 metros.
"Eu estava meio dormindo, na
hora que acordei ouvi todo mundo berrando", disse Elisângela
Cristina de Oliveira, 27, aluna do
terceiro ano de administração da
Faculdade Marechal Rondon, em
São Manuel (272 km de SP).
Ainda internada no Hospital
Regional Botucatuense, em Botucatu, com escoriações e dores na
cabeça e na coluna, ela disse que o
motorista, que sobreviveu ao acidente, dirigia em alta velocidade.
"Desmaiei. Depois que acordei,
estava dentro do ônibus, que estava virado de ponta-cabeça. Tinha
duas moças presas nas ferragens e
um monte de gente jogada para
fora", afirmou a estudante.
O ônibus transportava para Itatinga 20 estudantes de duas faculdades e de uma escola técnica de
São Manuel. Os alunos pagam R$
50 por mês à prefeitura pelo serviço. O valor é revertido para um
hospital, segundo a prefeitura.
Morreram no local do acidente
Débora Cristina Fernandes Moschioni, 22, Grazieli Siqueira Barbosa, 24, e Miriam Feliciano da
Silva, 27. Dos 18 feridos no acidente, seis permaneciam internados até o final da tarde de ontem,
mas não corriam risco de morte.
A Polícia Rodoviária Estadual
informou que não chovia no momento do acidente e que as condições da estrada no local são boas.
A Polícia Civil investiga o caso.
Pressa
Juliana Teixeira de Paiva, 18,
aluna de um curso técnico de açúcar e álcool, quebrou a clavícula e
machucou a cabeça no acidente,
mas estava ontem em casa, em repouso. A irmã dela, Joziane Teixeira de Paiva, 20, disse à Folha
que ela relatou que o motorista
"estava com muita pressa".
A estudante também disse, segundo a irmã, que o motorista recebeu uma ligação no celular durante a viagem e "ficou mais
nervoso ainda".
A aluna do terceiro ano de letras
do Imes (Instituto Municipal de
Ensino Superior) Luciana Ferreira Camargo, 27, disse não ter tido
a impressão de que o motorista
dirigia em alta velocidade. "Senti
apenas ele fazendo uma curva
muito fechada", disse ela, que já
estava em casa.
Camargo fraturou um cotovelo
e levou quatro pontos na cabeça.
"Quando senti que eu ia virando,
segurei forte e percebi meu pé no
teto. Equilibrei-me não sei como e
coloquei o pé para cima, no chão
de novo. Depois sentei e não fiz
mais nada."
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