São Paulo, sábado, 17 de setembro de 2005

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ACIDENTE

Veículo de Prefeitura de Itatinga (SP) caiu em barranco; 18 se feriram

Ônibus capota e mata três universitárias em rodovia

THIAGO GUIMARÃES
DA AGÊNCIA FOLHA

Um ônibus da Prefeitura de Itatinga (221 km de São Paulo) que transportava estudantes caiu em uma ribanceira de 40 metros na noite de anteontem. Três pessoas morreram e 18 ficaram feridas.
O acidente aconteceu às 23h40, no km 210,5 da rodovia SP-209 (Castelinho), em uma alça de acesso à rodovia Castello Branco.
O motorista do ônibus, Márcio Henrique Felisberto, 28, perdeu o controle do veículo em uma curva. O ônibus capotou e caiu no barranco de cerca de 40 metros.
"Eu estava meio dormindo, na hora que acordei ouvi todo mundo berrando", disse Elisângela Cristina de Oliveira, 27, aluna do terceiro ano de administração da Faculdade Marechal Rondon, em São Manuel (272 km de SP).
Ainda internada no Hospital Regional Botucatuense, em Botucatu, com escoriações e dores na cabeça e na coluna, ela disse que o motorista, que sobreviveu ao acidente, dirigia em alta velocidade.
"Desmaiei. Depois que acordei, estava dentro do ônibus, que estava virado de ponta-cabeça. Tinha duas moças presas nas ferragens e um monte de gente jogada para fora", afirmou a estudante.
O ônibus transportava para Itatinga 20 estudantes de duas faculdades e de uma escola técnica de São Manuel. Os alunos pagam R$ 50 por mês à prefeitura pelo serviço. O valor é revertido para um hospital, segundo a prefeitura.
Morreram no local do acidente Débora Cristina Fernandes Moschioni, 22, Grazieli Siqueira Barbosa, 24, e Miriam Feliciano da Silva, 27. Dos 18 feridos no acidente, seis permaneciam internados até o final da tarde de ontem, mas não corriam risco de morte.
A Polícia Rodoviária Estadual informou que não chovia no momento do acidente e que as condições da estrada no local são boas. A Polícia Civil investiga o caso.

Pressa
Juliana Teixeira de Paiva, 18, aluna de um curso técnico de açúcar e álcool, quebrou a clavícula e machucou a cabeça no acidente, mas estava ontem em casa, em repouso. A irmã dela, Joziane Teixeira de Paiva, 20, disse à Folha que ela relatou que o motorista "estava com muita pressa".
A estudante também disse, segundo a irmã, que o motorista recebeu uma ligação no celular durante a viagem e "ficou mais nervoso ainda".
A aluna do terceiro ano de letras do Imes (Instituto Municipal de Ensino Superior) Luciana Ferreira Camargo, 27, disse não ter tido a impressão de que o motorista dirigia em alta velocidade. "Senti apenas ele fazendo uma curva muito fechada", disse ela, que já estava em casa.
Camargo fraturou um cotovelo e levou quatro pontos na cabeça. "Quando senti que eu ia virando, segurei forte e percebi meu pé no teto. Equilibrei-me não sei como e coloquei o pé para cima, no chão de novo. Depois sentei e não fiz mais nada."


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