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Acidente com brinquedo mata 2 crianças
Outras quatro crianças se feriram após serem arremessadas de um castelo inflável, onde brincavam, durante festa em Curitiba
Segundo a PM, vendaval levantou o brinquedo a uma altura de 15 metros do chão e o jogou a cerca de
30 metros de distância
THIAGO REIS
DA AGÊNCIA FOLHA
Duas crianças morreram e
outras quatro ficaram feridas
após serem arremessadas de
um castelo inflável no qual
brincavam durante uma festa
de confraternização na Associação Desportiva Classista
Siemens, em Curitiba (PR), ontem à tarde.
Segundo a Polícia Militar, um
vendaval levantou o brinquedo,
conhecido como "Pula Pula
Castelo", a uma altura de cerca
de 15 m do chão e o jogou a 30 m
de distância. O castelo, de cerca
de quatro metros de altura, foi
arremessado junto com o motor, que infla o brinquedo.
Amanda de Oliveira Vieira, 8,
morreu na hora. Ela caiu de cima do brinquedo no ar. Luis
Eduardo Weiber da Silva, 5, que
também despencou do castelo
inflável, ainda foi levado para o
hospital, mas não resistiu.
As outras quatro crianças feridas foram levadas para os
hospitais Cajuru e do Trabalhador, mas não correm risco de
morrer. O acidente ocorreu por
volta das 13h30.
O brinquedo foi alugado pelos funcionários da Siemens,
que faziam uma festa de confraternização na associação, no
bairro Cidade Industrial. Segundo a Polícia Militar, havia
aproximadamente 200 pessoas
no almoço.
No local, além de um salão de
festas, há uma parte externa
gramada com pista de caminhada e campo de futebol. O
brinquedo havia sido montado
nessa área.
Além do "Pula Pula Castelo",
havia outros brinquedos instalados -um tobogã, uma piscina
de bolinhas, uma cama elástica,
um chamado "Guerra de Cotonetes" e um conhecido como
"Pebolim Humano".
Havia ainda um muro de escalada, uma tirolesa e um touro
mecânico. Todos faziam parte
de um pacote contratado da
empresa Casquinha Eventos,
de Curitiba.
A PM diz que o touro também saiu do chão (com os dois
motores) com a força do vento
e se arrastou por cinco metros,
batendo contra uma parede e
um vitral e ferindo as pessoas
no caminho.
Segundo o tenente Daniel
Lorenzotto, do Corpo de Bombeiros, três pessoas -entre elas
uma mulher de 67 anos- foram atendidas após serem atingidas pelo touro mecânico.
"É provável que o número
[de feridos] seja maior. Algumas pessoas foram ao hospital
por conta própria", afirmou.
Mais feridos
Mais três adultos deram entrada com ferimentos nos hospitais da região, de acordo com
a direção das unidades.
Lorenzotto, que esteve no local pouco após o acidente, diz
que as pessoas estavam muito
nervosas. "Havia muita gente
desesperada, especialmente os
familiares das crianças. Alguns
queriam bater nos responsáveis da empresa de brinquedos,
mas houve intervenção."
Monitores da Casquinha
Eventos acompanhavam as
crianças. Um dos donos também estava presente no local. A
empresa diz que houve uma
"catástrofe da natureza".
De acordo com a polícia e os
bombeiros, os brinquedos não
estavam amarrados nem tinham alças de apoio no chão.
Os órgãos, no entanto, também
classificaram o evento como
"fatalidade". Para Lorenzotto,
existe uma lacuna na lei. "Não
há nenhum tipo de norma que
regulamente a instalação deles
[dos brinquedos]. É um erro."
Colaboraram EDSON VALENTE , da Reportagem
Local, e MARI TORTATO , da Agência Folha, em
Curitiba
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