São Paulo, quinta-feira, 17 de setembro de 2009

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Varanda desaba, e 6 imóveis são interditados na Vila Madalena

Acidente pode ter sido causado por trabalho de operários em terreno vizinho

PABLO SOLANO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Defesa Civil interditou ontem, por risco de desabamento, seis imóveis na Vila Madalena (zona oeste de SP) depois que a varanda de um deles ruiu no final da tarde. Ninguém se feriu.
O acidente pode ter sido provocado pelo trabalho de operários em um terreno vizinho. O local está sendo preparado para o início da construção de um edifício residencial.
Os imóveis interditados estão numa área de declive e ficam, com exceção de um, acima do local que receberá o prédio.
Quatro deles são geminados e correm o maior risco, pois tiveram três pilastras afetadas.
Moradores disseram que tratores derrubaram no início da tarde de ontem paredes de concreto erguidas junto às pilastras, o que faz a Defesa Civil suspeitar de imperícia do responsável pela obra.
O coordenador da Defesa Civil da Subprefeitura de Pinheiros, Franclin Ferreira, disse que provavelmente o revolvimento da terra pelo trabalho fez o terreno ceder e, consequentemente, provocou a queda das pilastras. Uma perícia será realizada hoje pelo órgão para averiguar o caso.
Segundo Ferreira, os construtores deveriam ter tomado mais cuidado com a movimentação de terra. Ele diz que seria necessário construir um muro de arrimo para evitar o risco de desabamento no local.
A Folha procurou o advogado da construtora CTA, responsável pela construção do edifício, que não se manifestou.
O engenheiro Carlos Oliveira, 41, estava regando suas plantas na varanda momentos antes do acidente.
O homem saiu imediatamente do local quando foi alertado pela vizinha Maria Dirce Flygare, 61. "Ela salvou minha vida", disse Carlos.
A dona de casa, cuja casa também foi interditada, mora na parte de baixo do declive e viu quando o concreto começou a ruir, por volta das 16h40.
Inicialmente o piso cedeu e, minutos depois, desmoronou.
Três dos imóveis interditados são residenciais. Os moradores tiveram que desocupar as casas no início da noite. Eles apenas puderam retirar algumas roupas e os animais domésticos.


Colaborou IURI TÔRRES


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