São Paulo, quinta-feira, 17 de setembro de 2009

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entrevista

Entidade foi pioneira, diz professor

DA REPORTAGEM LOCAL

O Caoc foi "pioneiro", diz o professor emérito da Faculdade de Medicina da USP Henrique Walter Pinotti, 80. Especialista em cirurgia do aparelho digestivo, ele atuou no Caoc nos anos 50 em defesa de maior participação dos alunos nas decisões. Em 1985, foi um dos médicos que atenderam o então presidente eleito, Tancredo Neves.

 

FOLHA - Quais os grandes momentos do Caoc?
PINOTTI -
Antes dos anos 50, a maior atitude dos alunos foi a pressão para o governo aprovar o Hospital das Clínicas. As coisas neste país andam devagar, e o governo já tinha previsto a construção.

FOLHA - E na participação estudantil na universidade?
PINOTTI -
Os professores não queriam diálogo. Era melhor manter o aluno num sistema rígido. Eu tive aula com poucos professores abertos. Percebemos que isso só melhoraria se conseguíssemos que os alunos fizessem parte da congregação da faculdade. E alcançamos isso. Quando dois alunos começaram a participar, o Alípio Corrêa Neto era professor aqui e achou aquilo ótimo. Depois virou reitor da USP e quis levar a ideia para a universidade toda. Levou a sugestão ao governo federal e foi baixada lei para a representação acadêmica ser admitida em todo o país. O nosso centro foi pioneiro nesse tipo de luta.

FOLHA - O que deve pautar a atuação de agremiação de alunos?
PINOTTI -
Preferência pelo diálogo para achar soluções.


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