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CLAUDIO THEOTÔNIO LEOTTA DE ARAÚJO (1941-2010)
Médico psiquiatra e professor
ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
Aos 18 anos, Claudio Theotônio Leotta de Araújo se mudou para São Paulo decidido
a se tornar médico. Na capital, o rapaz nascido em Botucatu e criado em Avaré (ambas no interior paulista), começou a fazer cursinho.
O sonho de se formar em
medicina, porém, foi realizado em Minas Gerais. Claudio
foi aprovado pela Universidade Federal do Triângulo
Mineiro, em Uberaba.
Em 1967, após concluir os
estudos, retornou a São Paulo para trabalhar. Nessa época, começou a ensinar química para alunos do ensino médio. No colégio onde lecionava, acabou conhecendo a
professora de português
Thelma, que viria a ser sua
mulher. Casaram-se em 1971.
Como ela conta, a paixão
do marido, além da medicina, era dar aulas. Claudio
-que era filho de uma professora e de um funcionário
da antiga Fepasa- foi professor da Faculdade de Direito
da USP, da Academia de Polícia e do Mackenzie. Sua especialidade, como professor,
era a medicina forense.
Como médico psiquiatra,
teve consultório. Durante
anos, também trabalhou no
Conselho Penitenciário, emitindo pareceres para a soltura, ou não, de condenados.
Em 2004, teve de se afastar
do trabalho devido a um câncer descoberto em 2000.
Notívago, adorava tocar
piano e ouvir jazz.
Segundo Thelma, Claudio
era um homem sério, às vezes um pouco distraído e que
tinha atitudes peculiares
diante das situações. "Brincava que ele era uma pessoa
voltada para a filosofia", diz.
Ele morreu no sábado, aos
68, de câncer. Deixa viúva,
três filhos e um neto. A missa
de sétimo dia será hoje, às
10h, na igreja São José do Jardim Europa, em São Paulo.
coluna.obituario@uol.com.br
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