São Paulo, sábado, 17 de setembro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Polícia afirma que recuperou parte das joias levadas do Itaú

Carro comprado em dólares por cabeleireiro acusado de participar de roubo milionário levantou suspeita

Um pedreiro, irmão de um dos suspeitos de invadir o banco na avenida Paulista, escondia os objetos

ANDRÉ CARAMANTE
ANDRÉ MONTEIRO

DE SÃO PAULO

A polícia diz ter recuperado, na madrugada de ontem, algumas joias, pedras preciosas e dinheiro roubados dia 28 de agosto por uma quadrilha que arrombou cofres particulares instalados no banco Itaú da avenida Paulista (região central de São Paulo).
O roubo foi cometido por pelo menos 12 ladrões que invadiram o banco e ficaram cerca de dez horas no local. A Folha apurou que os objetos de apenas dois dos 170 cofres arrombados valem, juntos, cerca de R$ 12 milhões.
Até o momento, porém, só cinco pessoas foram registrar boletim de ocorrência.
Os investigadores chegaram ao local onde os objetos estavam após prender o pedreiro Marco Antônio Rodrigues dos Santos, 29, que é apontado como um dos ladrões que invadiram o Itaú.
As joias e o dinheiro (libras esterlinas) roubados estavam na casa da namorada de Marco, em Embu das Artes, Grande São Paulo.
O pedreiro, segundo o Deic (Departamento de Investigações Contra o Crime Organizado), revelou a participação do irmão, o cabeleireiro Francisco Rodrigues dos Santos, 45, no crime e o reconheceu em imagens do assalto.
Francisco, que já tem passagens na polícia por roubo a banco, ainda não foi localizado. A reportagem não teve acesso a Marco e também não localizou seu advogado.
Ao menos outros quatro dos 12 ladrões foram identificados até agora. Ao ser preso, o pedreiro estava em um carro Montana que, segundo o Deic, foi comprado pelo irmão dele e pago em dólares.
O delegado Nelson Silveira Guimarães, chefe do Deic, não revelou a identidade dos outros ladrões identificados, mas já se sabe que parte da quadrilha é da zona norte.
Para recuperar as joias, explica o delegado, o proprietário do cofre terá de provar que é dono da peça por meio, por exemplo, de fotos.


Texto Anterior: Entrevista: Podia ser acusado de conivência, argumenta reitor
Próximo Texto: Funcionário que cuidava de alarme do Itaú é suspeito
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.