São Paulo, sábado, 17 de setembro de 2011

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Neblina afeta tráfego na Imigrantes a cada 3 dias

Média se refere agosto, o período mais crítico; aumento em 2011 chega a 85%

Nevoeiro é apontado pela Polícia Rodoviária como causa do acidente que envolveu cerca de 300 veículos anteontem


Moacyr Lopes Junior/Folhapress
Funcionário da concessionária Ecovias carrega sinalização na rod. dos Imigrantes, na altura de São Bernardo do Campo

DE SÃO PAULO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DA ENVIADA ESPECIAL A LIMEIRA


A quantidade de dias com neblina intensa -que exige a realização de comboios para a descida dos motoristas ao litoral paulista- aumentou 85% neste ano no sistema Anchieta-Imigrantes.
Foram 24 operações nos primeiros oito meses deste ano, contra 13 no mesmo período de 2010.
Em agosto, período mais crítico deste ano, os motoristas foram escoltados por comboio em um a cada três dias.
A neblina, prevista para se repetir até a madrugada de amanhã, é citada pela Polícia Rodoviária como principal causa do engavetamento de cerca de 300 veículos na Imigrantes, que deixou um morto e 51 feridos -nove estavam internados ontem. O corpo do motorista de caminhão Luiz Carlos Prestes, 40, foi velado ontem em Limeira. Ele deixou mulher e três filhos.
A retirada dos veículos e a limpeza da Imigrantes se estendeu pela madrugada, e a estrada só foi liberada no final da manhã de ontem, 23 horas após o acidente.
Segundo a Ecovias, a previsão é que a circulação no sistema seja normal hoje.

VISIBILIDADE
Embora seja apontada como motivo de só 0,89% dos acidentes em estradas paulistas em 2010, de acordo com a Secretaria dos Transportes, a neblina exige mais atenção e paciência dos motoristas. Nos comboios, eles precisam aguardar para seguir em fila, com velocidade reduzida, um carro da polícia.
As operações são feitas quando a visibilidade é inferior a 100 metros no sistema Anchieta-Imigrantes, mas só na descida (capital-litoral), sob a justificativa de que na subida, sentido em que houve houve as colisões, os carros trafegam devagar.
O diretor-superintendente da Ecovias, José Carlos Cassaniga, diz que, depois do engavetamento, a Ecovias vai reavaliar a necessidade de ações desse tipo na subida.
(ALENCAR IZIDORO, ELTON BEZERRA E MARÍLIA ROCHA)


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