São Paulo, terça-feira, 17 de outubro de 2000

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Camelôs de Guaianazes voltam a se rebelar contra saída de praça

DA REPORTAGEM LOCAL

Os camelôs realizaram novo protesto, ontem de manhã, no centro de Guaianazes, na zona leste de São Paulo, logo após a reunião entre a associação dos ambulantes e o administrador regional Edinaldo Alves da Costa.
Os manifestantes queimaram pneus e obrigaram os comerciantes a fechar as portas, a exemplo do que ocorreu na sexta-feira, quando a prefeitura iniciou uma fiscalização mais rigorosa. Naquele dia, foi definida uma trégua entre os camelôs e a administração regional, até as 10h de ontem. Até esse prazo, o trabalho foi autorizado.
Quatro camelôs foram presos no 44º DP (Guaianazes). Os ânimos se acirraram com a disposição da regional de permitir apenas o trabalho dos ambulantes cadastrados na praça Getúlio Vargas em no máximo 20 dias.
O local não comporta mais de cem pessoas. No entanto, entre os cadastrados (953), apenas os deficientes e idosos, que têm prioridade, são 212.
Segundo a associação, os camelôs no centro de Guaianazes são cerca de 500. Só na passarela sobre a ferrovia seriam 320. A maioria paga o Cadastro de Contribuinte Mobiliário (CCM), o que lhes daria o direito ao comércio ambulante.
Segundo a agente vistoriadora Maria Vitória da Silva Macedo Soares, o CCM é um documento de autônomo exigido pela Previdência Social. Para trabalhar no comércio ambulante, os escolhidos para ocupar a praça Getúlio Vargas terão de pagar o Termo de Permissão de Uso (TPU) e ainda utilizar barracas padronizadas.
Três carros do Corpo de Bombeiros foram utilizados ontem para apagar focos de incêndio em pneus e lixo acumulado pelos camelôs na rua Salvador Gianetti e na rua Capitão Pucci, no entorno da antiga estação ferroviária.


Texto Anterior: Administração: SP ganha pistas de cooper em avenidas
Próximo Texto: Urbanismo: Teresina regula temperatura de rua
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.