São Paulo, domingo, 17 de outubro de 2004

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Método serve para outros tipos de tumor

DA REPORTAGEM LOCAL

O Hospital do Câncer de São Paulo utiliza a radioterapia intra-operatória para tratamento de tumores no pâncreas, no retroperitônio e sarcomas (tumores em partes moles). Até agora, foram tratados cinco pacientes.
O método é o mesmo usado no câncer da mama, mas, segundo o radiologista Ricardo Cesar Folgaroli, são necessárias doses de radioterapia de reforço após a cirurgia de retirada do tumor.
Nesses tipos de câncer, os tumores geralmente são volumosos e podem sobrar fragmentos no local. "A radioterapia durante a operação melhora o controle e a sobrevida do paciente."
Para realizar o procedimento, nos finais de semana, o hospital montou uma sala cirúrgica completa próxima à ala de radioterapia. Toda a área fica isolada.
O hospital também dispõe de um outro tipo de radioterapia - com intensidade modular do feixe-, indicada para tumores na próstata, na cabeça e pescoço e no sistema nervoso central. Ela permite programar a intensidade de radiação que cada parte do tumor deve receber, além de desviar, por meio de lâminas de alta precisão, os raios de órgãos e tecidos sadios, preservando-os e bombardeando o tumor com alta intensidade.
Isso era impossível de ser feito com as técnicas convencionais, que prejudicam órgãos muitas vezes vitais, ligados ao olfato, à fala, à visão, à audição, ao paladar, aos movimentos. O aparelho custou à instituição cerca de US$ 1,5 milhão e foi adquirido após campanha estrelada por Pelé.


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