São Paulo, domingo, 17 de outubro de 2004

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Mãe temia que a filha virasse "vítima da noite"

DA REPORTAGEM LOCAL

"Ele só podia estar bêbado ou drogado. Quem faria uma coisa dessas sóbrio?", perguntava a dona-de-casa Manuelina Maria dos Reis, 50, mãe de Priscila Maria dos Reis, 16, que morreu ontem no atropelamento que deixou outras 15 pessoas feridas na Vila Olímpia.
Priscila era a caçula de quatro filhos. Ela tinha o hábito de sair nos finais de semana. "Quando a gente tentava alertá-la, ela respondia que queria aproveitar a mocidade", conta. "Eu ficava com medo de brigas, tiroteio ou de um teto desabando. Não imaginava que minha filha fosse morrer assim."
Manuelina conta que Priscila saiu para dançar com amigas do bairro onde morava, no Capão Redondo, zona sul. Por volta das três horas da madrugada, ela acordou com o telefone. "Disseram que ela tinha sido atropelada. Quando cheguei no hospital, já era tarde."
A mãe da adolescente diz que agora só resta a esperança de que o motorista seja processado. "Se ele for rico e pagar um bom advogado, infelizmente, vai se livrar. A Justiça é feita para quem tem dinheiro. A nós, só resta a dor da perda."


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